nas edições anteriores
#260 | Baseada em fatos reais
#261 | Guia de Presentes
tempo de leitura: 4 minutos
para entender
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Eu tinha até esquecido do copo Stanley. E era só o que a gente falava em fevereiro.
Eu passei o ano todo falando no “SXSW do ano passado”. Sendo que foi em março.
Eu nem lembrava mais que Vert tinha virado Veja e todo mundo só falava em produto de limpeza. E foi o assunto do início de abril.
Parece que todo mundo que a gente conhece já correu uma maratona, mas foi esse ano que as corridas se consolidaram como ambiente de socialização, ferramenta de saúde mental e, claro, atividade extremamente instagramável.
As timelines seguem e os memes não param, depois de terem parado para focar nas Olimpíadas em agosto.
A vida segue e as marcas seguem a sua estratégia, talvez sem lembrar que em maio a gente presenciou um dos maiores desastres climáticos da história, no Rio Grande do Sul.
2024 nos conduziu, um mês após o outro, por inúmeras pautas. Emoções boas e ruins, acontecimentos muito aguardados e outros totalmente inesperados e uma infinidade de conteúdo e anúncios.
Não é à toa que chegamos em dezembro com os cérebros derretidos.
Este ano, Brené Brown fez uma série no seu podcast chamada “Living Beyond Human Scale” (vivendo além da escala humana). Segundo ela,
Há muitas possibilidades em tudo que acontece à nossa volta mas, ao mesmo tempo, será que nós somos socialmente, biologicamente, cognitivamente, espiritualmente preparados para viver nessa escala? (…) A quantidade de informação que recebemos, de redes sociais às guerras pelo mundo… Como aproveitar a oportunidade única de inovar, sem ficar pelo caminho?
Seja você uma pessoa cronicamente online ou não, este ano deixou evidente que há muito mais informação, muito mais decisões, muito mais estímulos e muito mais publicidade do que nós conseguimos processar.
Em 2024, tudo foi “muito”. Da ansiedade climática às collabs de marcas, das trends no TikTok à mídia em absolutamente todos os ambientes das nossas vidas.
Fora as Olimpíadas, as eleições, a Madonna, o Rock in Rio, a Fernanda Torres, a Fernanda Montenegro, o Silvio Santos, o Botafogo, a Jaguar, a Virgínia, a família da Mari Maria, o dia do cabelo maluco, o Senna, a Liniker, o Bruno Mars, as bets, a ansiedade, o “xou da Xuxa”, a marca da Boca Rosa, a marca da Mari Saad, o Ozempic, a Victoria's Secret, o Alexandre de Moraes e o Elon Musk e o X, o Duolingo (em absolutamente todo e qualquer contexto)…
Não é à toa que tem tanta gente em busca de “menos”.
Menos estímulos, menos telas, menos assunto, até menos consumo.
Porque mais volume não significa mais atenção, mais quantidade não significa mais relevância, mais repetição não significa mais lembrança.
A quantidade de informação que a gente recebe todos os dias não vai respeitar qualquer escala do que é possível absorver. O mundo não vai diminuir de ritmo.
Agora, a nossa capacidade de reter informação - de absorver, de aprender, de criar qualquer conexão com o que estamos vendo - esta, sim, mostrou que tem limite.
A gente esqueceu as coisas mais marcantes, mais importantes, mais inevitavelmente transformadoras da nossa realidade coisa de meses depois.
E é claro que esqueceu aquele anúncio insistente, cinco minutos depois.
Conforme as pessoas buscam por “menos”, as marcas precisam entender que não é sobre “mais”, é sobre “melhor”.
2024 mostrou que criar é automático, viralizar é cada vez mais aleatório e replicar é a norma.
Agora ser memorável, isso é raro.
Este é o desafio.
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Em um evento essa semana, a Rafa Lotto afirmou que “no mercado da influência, sucesso não é viralizar. Sucesso é durar”.
Com isso, eu não posso deixar de celebrar o sucesso da Bits to Brands em 2024.
Foram 34 edições da newsletter, uma temporada de um podcast que chegou ao #11 lugar no ranking dos mais ouvidos da sua categoria, mais de 10 mil novos seguidores no Instagram, milhões de visualizações no LinkedIn, mais de 20 palestras em todo o Brasil, 70 alunos em workshops presenciais de branding, 3 coberturas de eventos e conteúdo em parceria com marcas como Meta, Google, Itaú e Rock in Rio Academy.
Atingimos, também, a bonita marca de 250 edições e 50 mil assinantes.
Números que representam uma comunidade atenta, generosa e interessante. A consistência de um trabalho de curadoria, criação e comunicação em muitos canais.
E, claro, o seguir em frente. Um dia, uma semana, um mês, um assunto, uma trend, uma edição,
Um ano de cada vez. :)
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Outros assuntos que se destacaram por aqui em 2024:
para inspirar
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Todo ano o Google resume o que passou de acordo com as buscas mais feitas no mundo, e todo ano essa retrospectiva emociona. Sempre um trabalho impecável de transformar dados em insights, e imagens e trilha sonora em diferentes sensações.
para fazer parte da conversa
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Uma seleção de retrospectivas
Como foi 2024, de acordo com:
Os termos que as pessoas mais buscaram no Brasil [link]
As maiores trends e músicas no TikTok no Brasil [link] e no mundo [link]
O Relatório de Idiomas do Duolingo [link]
Os dez YouTubers que mais cresceram no Brasil [link]
Os vídeos mais vistos e os mais curtidos no Kwai [link]
para mais conteúdo
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para dar um tchau
👋🏼
É muito legal perceber que todo ano eu venho aqui agradecer pelo maior e melhor ano da Bits. Assim eu fiz em 2022 e em 2023 - e 2024 conseguiu superar.
Todo ano eu trabalho como nunca, e vocês me recompensam deixando que esse conteúdo faça parte da rotina e do desenvolvimento pessoal de cada um das mais diversas formas.
Por tudo isso eu sigo criando, selecionando, explicando, traduzindo, organizando, apresentando, conectando. Por toda a diferença que faz aí - e aqui também.
Para 2025, em janeiro vamos inaugurar um novo formato (sim, mais um), em fevereiro tem relatório de tendências e em março teremos cobertura do SXSW diretamente de Austin.
Mas antes, descansar, celebrar e agradecer.
Desconecte-se como puder, e nos vemos em janeiro ♡
- Bia
Adorei a retrospectiva, o equilibrio é o mais dificil, o escolher em tantos, o que é demais para cada um! Seu texto me trouxe muita reflexão! Um 2025 incrivel e boas festas!
Obrigada pelo ano Bia! Nos vemos em breve.