hoje você pode ler ou ouvir o texto. :)
nas edições anteriores
#248 | Uma cobertura Olímpica
#249 | O branding das bets
tempo de leitura: 7 minutos
para entender
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“Frequentemente me perguntam: ‘o que vai mudar nos próximos 10 anos?’, e essa é uma pergunta bem interessante, bem comum. É raro me perguntarem ‘o que não vai mudar nos próximos 10 anos?’” - Jeff Bezos
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“Se você tem autenticidade, você sempre vai encontrar uma audiência. Pode ser hoje, ou amanhã, ou daqui a 10 anos, ou 10 anos depois que você morrer. Ninguém sabe ao certo”. - Driely S.
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Nessa internet em que tanta coisa acontece o tempo todo, parece que a gente tem que estar em todos os lugares. Saber de tudo, opinar sobre tudo, viralizar em todas as redes sociais.
Mas, por mais que as timelines sejam infinitas, o dia só tem 24 horas e você só consegue estar em um lugar de cada vez.
Trabalhar em um lugar significa não trabalhar em outro. Se especializar em uma área significa deixar oportunidades em outra. Criar em um formato é ter menos tempo para criar em outros.
E é assim que as nossas escolhas vão determinando o nosso destino.
Uma de cada vez, elas nem parecem tão grandes assim.
“Vou escrever a newsletter dessa semana”. “Acho que esse assunto rende uma newsletter”. “Vou guardar isso aqui para a próxima newsletter”.
Mas todas juntas, 250 vezes depois, elas formam uma trajetória.
“Esse texto repercutiu muito”. “Essa marca procurou para uma parceria”. “Chegou a hora de largar tudo para me dedicar a isso”.
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A gente segue uma escolha de cada vez, como quem dá um passo adiante e não está mais no mesmo lugar. Num caminho que parece muito mais um labirinto do que um mapa guiado pelo Waze.
Como saber o que vem por aí, se quando a gente começou não tinha TikTok nem ChatGPT? A Meta era Facebook, o Casimiro nem sonhava que iria transmitir uma Olimpíada…
As coisas vão mudando e seguimos aqui há 250 edições, em uma consistência nem sempre pontual, mas sempre determinada.
Sem rumo, mas olhando à frente, um passo de cada vez.
Na edição #150, compartilhei 10 coisas que aprendi continuando. Hoje, com mais 100 edições na conta, chegou a hora de aumentar essa lista.
Dedicada a todos que estão seguindo em frente de alguma forma :)
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11. Tu te tornas responsável pela atenção que cativas
Em algum momento aconteceu uma virada por aqui em que, junto com a celebração de novos assinantes, surgiu uma preocupação: “é muita gente”.
Não é mais uma sala pequena, um grupo de pessoas próximo. Não dá para falar qualquer coisa, de qualquer jeito.
Atenção é influência, e influência pode ter impacto real na vida e no trabalho das pessoas.
É preciso muita responsabilidade - e toda edição é revisada com isso em mente.
O que se traduz em clareza nas informações, critério na curadoria, ponderação nos argumentos. Jamais ofender ou criticar levianamente. Falar apenas o que poderia ser dito em uma sala de reunião. Inspirar marcas melhores para todo mundo, através das pessoas por trás delas.
12. Trabalhar com o que ama ainda é trabalho
Criar conteúdo sempre foi um espaço de expressão, um momento de reflexão, uma oportunidade de conhecer pessoas.
E assim segue até hoje, mas de um ano para cá virou também um trabalho full time. O que significa que manter a Bits é mais do que enviar uma newsletter toda semana - é gerenciar um negócio.
Com seus processos, produtos, estrutura, fornecedores, boletos, impostos, riscos, frustrações e paciência. E no meio de tudo isso, encontrar tempo e espaço para a criatividade e a inspiração.
A gente não fala o suficiente sobre como “viver de internet” é empreender.
Com a liberdade e todos os privilégios envolvidos, sem dúvida. Mas com muito esforço e dedicação, também. O resto é papo de coach que enriquece fácil vendendo o sonho de enriquecer fácil.
13. “Você não é todo mundo”
Esse é um ponto sobre focar no seu, fazer o seu melhor e evitar se comparar com os outros. Mas nada resume melhor do que essa máxima da infância.
“Mãe, mas todo mundo vai”. “Mãe, todo mundo tem”. “Mãe, todo mundo viu”.
Só para ouvir “mas você não é todo mundo”.
E é nisso que eu penso, até hoje, naqueles momentos em que está “todo mundo” comentando um assunto. Ou “todo mundo” no line-up de um evento. Ou “todo mundo” vendendo infoprodutos.
A comparação precisa ser com o melhor que eu consigo oferecer. Porque se é isso que eu estou fazendo, de forma consistente, eu estou evoluindo.
Só que no meu ritmo e do meu jeito - que talvez não seja o de “todo mundo” mesmo. Já dizia minha mãe.
14. Pode ser bem divertido
Mas você tem que deixar.
Responsabilidade, trabalho, comparação. É bem comum se deixar levar pela seriedade das coisas. Mas sempre pode ser mais leve do que pesado.
Escrever é a minha melhor forma de me expressar, desde criança. Mostrar algo muito legal para alguém é algo que eu sempre gostei de fazer - na mesa do restaurante, ou com uma plateia de 5 mil pessoas.
Fazer amigos pelo caminho e frequentemente me ver rodeada de gente interessante e generosa é tão legal que não parece trabalho. Mas é.
Num trabalho que a gente tem a chance de criar, do nosso jeito, é importante incorporar a diversão.
A consistência só é possível quando o cansaço não vence o entusiasmo.
15. O tempo está a seu favor
Em mais um caso de serendipidade, essa semana eu esbarrei em uma teoria chamada Efeito Lindy, aqui nesse post.
Segundo a Wikipedia:
“O Efeito Lindy propõe que quanto mais tempo algo sobrevive ou permanece útil, maior se torna a sua expectativa de vida”.
O que é meio contra-intuitivo, porque a gente tende a achar que o tempo envelhece ou expira as coisas. Especialmente na internet, em que as pautas mudam de um dia para o outro e as redes sociais vêm e vão.
Mas eu gosto de pensar naquilo que fica. Em tudo que evolui enquanto permanece - justamente porque uma coisa leva à outra.
A evolução precisa de consistência, porque já ter feito algo mostra que a gente consegue fazer as próximas coisas. Repetir é a chance de aprimorar. E porque manter algumas coisas constantes ajuda a acompanhar tudo aquilo que muda.
Tinha newsletter antes de ter TikTok. Tinha newsletter quando a Meta era Facebook. Tinha newsletter antes de ter Casimiro.
E teve newsletter sobre cada uma dessas coisas. Por essas e outras, que seguimos aqui.
Na presença tão constante que vira expectativa, ritual, companhia para o café. Que de tanto já ter chegado, a gente espera quando vai chegar a próxima.
E no tanto que ensina, agrega e expande, inspirando tanta gente pelo caminho, só tende a seguir. Jamais parar.
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“Essa era a conhecida lição do tempo. Tudo muda e nada muda” - Matt Haig
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Relembre aqui:
_A nossa edição #100
_A nossa edição #150
_A nossa edição #200
para inspirar
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Quando éramos crianças, a perseguição do Coiote pelo Papa-Léguas parecia sempre um grande caos. Correria, destruição, objetos aleatórios. Talvez por isso tenha sido tão legal descobrir que todos os episódios obedeciam a uma lista muito específica de regras.
Entre elas:
O Papa-Léguas não pode machucar o Coiote, exceto por fazer “beep-beep”.
Nenhuma força externa pode machucar o Coiote - apenas a sua própria inaptidão, ou produtos da Acme que não funcionam.
O Coiote poderia parar a qualquer momento - se ele não fosse um fanático. ("Um fanático é aquele que dobra os seus esforços quando ele esquece dos seus objetivos” - George Santayana)
Sempre que possível, tornar a gravidade o pior inimigo do Coiote.
O Coiote sempre é mais humilhado do que machucado pelos seus fracassos.
para fazer parte da conversa
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Para continuar o assunto,
A edição #249 trouxe muitos dados e uma análise sobre o mercado das bets no Brasil. Com destaque para a parte de branding, no reposicionamento de “jogos de azar” para “bets”, e todo mundo querendo “facilidade” como atributo de marca.
Mais alguns conteúdos esclarecem o assunto:
No Brazil Journal, a “economia do tigrinho”.
Rita Von Hunty traz contexto cultural e histórico, a partir do minuto 13.
Juvi cronometrou em quanto tempo se perde R$ 1412,00.
Muitos comentários sobre o tema nessa publicação no LinkedIn.
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O tempo que você passa online é bem ou mal aproveitado?
Há dois anos, fiz essa pergunta no palco do TEDxBlumenau na busca por uma ideia que merecia estar ali.
De lá pra cá, a exaustão de telas e o impacto desse excesso são uma pauta cada vez mais presente. E o TED reformulou o que quer representar.
De “ideias que valem ser compartilhadas”, sua tagline agora é “ideias mudam tudo”.
Essa ideia, em específico, eu espero que ajude a mudar a nossa relação com o tanto de tempo que passamos frente às telas, e com aquilo que captura a nossa atenção.
para ler com calma
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As marcas e os Jogos Paralímpicos [link]
A maior delegação brasileira até hoje começou a competir essa semana em Paris, e conta com o patrocínio de sete marcas. Entre elas, ASICS e Havaianas desenvolveram produtos pensados para pessoas com deficiência. Um interesse, atenção e espaço que podem sempre aumentar.
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E quando qualquer foto puder ser editada por qualquer um? [link]
Esse artigo da The Verge questiona o que acontece quando editar uma foto é tão simples como o Google Magic Editor está fazendo nos celulares Pixel 9 - e se estamos prontos para isso.
“Nós crescemos em uma era em que uma foto era, por definição, uma representação da realidade. Era preciso um conhecimento muito específico para interferir na confiança intrínseca de uma foto. O falso era a exceção, e não a regra.”
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Uma loja do Duolingo [link]
Em uma ação que tem a coruja como ponte entre o digital e o físico, o Duolingo abriu uma loja pop-up em Nova York por um fim de semana. Lá, as pessoas encontravam produtos exclusivos (como um Crocs edição limitada), e podiam acessar experiências quanto mais dias de ofensiva tivessem acumulado.
Segundo a diretora de marketing, o objetivo é tornar o Duo tão famoso quanto o Pikachu. E a loja foi mais passo nessa direção.
para falar tudo que a gente pensa :)
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Bora rumo a 500 edições?
Metade já foi. :)
Para a outra metade, eu queria pedir alguns minutos do seu tempo e opiniões sinceras.
O que você mais gosta na Bits, o que pode melhorar, o que você achou da marca nova, como a curadoria te ajuda na rotina, para onde podemos evoluir. E, claro, uma pesquisa NPS ao final.
Em troca, você pode ganhar um livro com dedicatória de presente. Serão 15 pessoas sorteadas, e cada uma receberá um livro escolhido especialmente.
Ajude esse espaço a seguir na direção certa,
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para dar um tchau
👋🏼
Porque eu não sei mais o que dizer, e talvez realmente nada vai conseguir expressar o que é fazer parte da rotina de tanta gente e ter tido a minha vida tão profundamente transformada no processo,
nesse caminho que já foi tão longe e segue sem linha de chegada no horizonte porque a cada semana, a cada mensagem, a cada pessoa, a Bits faz um pouquinho mais de sentido, ocupa um pouco mais de espaço no mundo e me mostra que sempre dá para ir um pouco além,
obrigada. :)
- Bia
Que edição incrível! Usei o voiceover e parecia que estava ouvindo um podcast seu, ficou perfeito <3
muito inspirador! eu amei, Bia!