Bits to Brands #200 | 💡 Para ler em junho de 2026
Ou: para todas as newsletters que eu ainda não escrevi.
Previously on..
#198 | Projetos Paralelos
#199 | O mercado do streaming no Brasil
Tempo de leitura: 5 minutos
Duzentos é aquele número que a gente usa quando quer falar sobre algo que aconteceu muitas vezes. Tipo “eu já falei isso duzentas vezes”. Por aqui, hoje, ele deixa de ser força de expressão. São duzentas edições, e ter feito isso tantas vezes me deixa extremamente reflexiva. E feliz. E infinitamente grata. Tudo isso você encontra no texto de hoje :)
- Beatriz
(para falar comigo ou anunciar na Bits, responda esse e-mail ou escreva para beatriz@bitstobrands.com)
“Um post sozinho não é nada, mas publique mil posts em dez anos, e eles se tornam o trabalho de uma vida” - Austin Kleon
Da primeira edição à centésima, foram 2 anos e 3 meses.
Da 100 até hoje, mais 2 anos e 6 meses.
Seguindo essa tendência, a edição #300 da Bits to Brands vai chegar na sua caixa de entrada numa quinta-feira de junho - em 2026.
Mas certas perguntas não conseguem esperar até lá.
Será que em 2026 as newsletters ainda serão escritas por pessoas, ou alguns prompts em uma caixa de busca serão o suficiente para que a IA chamada B.ia (o branding tá pronto) despeje referências aleatórias no seu e-mail?
De que plataformas estaremos falando? Considerando que quando a primeira edição da Bits foi enviada, o TikTok não existia. E conforme a 200 sai do forno, a timeline do Twitter está cada vez mais caótica.
Que tipo de tecnologia vai dominar a nossa rotina em 2026? Ainda estaremos ligados aos nossos smartphones como uma extensão do nosso corpo ou fones de ouvido e um relógio já serão o suficiente?
Naquela capa de revista - é uma pessoa de verdade ou alguém criado artificialmente nos mínimos detalhes? Vai ser possível identificar? Vai ser fácil?
Qual formato de conteúdo vai ditar as regras? Depois de irmos do texto longo à foto filtrada, do vídeo longo até chegar no vídeo curto, será que em 2026 vai ter presença para alguma coisa ou nossos farelos de atenção estarão dedicados a vídeos-ainda-mais-curtos?
No futuro a gente ainda se dá ao trabalho de seguir alguém nas redes sociais, ou só passeia de aplicativo em aplicativo recebendo o que os algoritmos têm a oferecer naquele dia?
E o povo do colégio, surgiu afinal um lugar pra ver por onde eles andam ou essa parte da vida social se perdeu completamente?
Será que em 2026 o Casimiro é o dono da internet toda? O Elon Musk já tá morando em Marte? Quantas marcas patrocinaram o BBB 26? E o metaverso, ein?
2026 está tão longe de hoje quanto nós estamos de 2020.
É um mundo bem diferente em muitos aspectos mas, ao mesmo tempo, tem gente que tem o mesmo emprego. Que divide a vida com a mesma pessoa, que mora na mesma cidade, que leva todo o dia o mesmo cachorro para passear.
Na consistência cotidiana que rege as nossas vidas e no infinito de novidades na internet a todo segundo, a gente se encontra exatamente entre o que muda e o que permanece.
A motivação para seguir mora no interesse e na curiosidade pelo futuro, enquanto a confiança para dar o próximo passo vem do conforto daquilo que está aqui desde 2018. E de 2020.
E estará em 2026.
Tipo a necessidade de uma curadoria atenta, interessada e humana para navegar o excesso de informações e algoritmos.
Ou o valor da informação certa, na hora certa, chegando sem esforço e sem FOMO.
Ou a mágica que acontece ao conectar pessoas - a uma ideia, uma referência, a outras pessoas. E aí ver essas pontes virando coisas novas na vida de alguém.
Sem esquecer nunca do puro e simples “olha isso aqui que legal!”, que é a grande constante desde a edição 1 e, no fim do dia, a maior motivação de tudo.
Não sabemos como vai estar o mundo quando a Bits 300 chegar na sua caixa de entrada. Mas, 200 edições depois, a única certeza é que eu quero descobrir.
Um e-mail, uma referência, uma quinta-feira de cada vez.
Com cada uma das pessoas que dá propósito e significado a tudo isso, ao tornar esse espaço parte das suas vidas. E mudar pra sempre a minha.
A gente se vê em 100?
Para saber um pouco mais da trajetória até aqui, leia a edição #150 - O que você aprende quando continua. Dez lições em como manter um projeto na internet tanto tempo, e um dos meus textos favoritos.
Para celebrarmos esse momento, eu quero muito saber: das 200, qual Bits mais te marcou até aqui? E por quê? Pode me contar respondendo esse e-mail, deixando um comentário ou marcando a Bits lá no Instagram.
⭐ Momento de Inspiração
Aqui na Bits nós temos nossas questões sobre o predomínio do uso de celulares durante experiências ao vivo. Talvez não seria o caso se todo o conteúdo criado a partir desses registros fosse assim como esse TikTok.
Troca de abas
60 páginas sobre seis grandes tendências, que vão de creator economy à criatividade artificial, passando pelo tempo que passamos no celular e o encontro de branding e performance. Grátis. Baixe já o relatório da Bits to Brands com a WGSN :)
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Calma. É o que eu mais tenho dito para mim mesma cada vez que uma novidade surge em relação à ferramentas de inteligência artificial. E é o que esse artigo do Casey Newton me ajudou a conquistar, ao trazer um panorama dos últimos quatro meses, um resumo da carta aberta sobre IA e seus principais contrapontos. É preciso ter calma.
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O que parece óbvio, mas se a gente parar para pensar que estamos apenas em abril e além do Midjourney e do ChatGPT e da Microsoft e do Google, o Duolingo, o Spotify, o Notion, o Canva e as campanhas publicitárias todas estão correndo para lançar produtos com “inteligência artificial” no nome… Me parece um pedido cada vez mais razoável.
A Interbrand lançou seu ranking das Marcas Mais Valiosas do Brasil em 2023. Algumas observações:
Enquanto globalmente as marcas de tecnologia dominam o top 5, a versão-BR fica entre bancos e bebidas.
Depois de anos sendo referência em construção de marca, o Nubank finalmente estreou no ranking, e já em 7o lugar.
Apenas 7 das 25 marcas do ranking tiveram alta nas ações no último ano, segundo o Valor Econômico.
A cada ano e a cada ranking, a mesma reflexão por aqui: o que determina valor de marca?
Dossiê da Geração Z (rimou). Um artigo longo, repleto de dados, depoimentos e referências sobre a Gen Z brasileira.
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É hora de um rebranding? Quatro estudos de caso e três perguntas para ajudar a determinar se é a hora certa para um dos maiores movimentos de marca que uma empresa pode fazer.
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Clima de Copa do Mundo. O Casimiro reagindo ao trailer do novo filme da DC com Bruna Marquezine no elenco vai te deixar exatamente nessa energia. Os maiores que temos.
💌 newsletter club
Nessa edição que remete ao começo de tudo, um dos profissionais que inspirou a Bits duzentas edições atrás. Scott Galloway tem uma newsletter semanal em que compartilha reflexões e análises. A última edição, sobre fama, é um ótimo texto.
Assine aqui.
👩🏻💻 Dica da Bia
Worry Lines
Nessa semana que pede um pouco de leveza, um perfil que na maioria das vezes me traz uma boa reflexão, e sempre me faz abrir um sorrisinho. Espero que faça o mesmo por aí.
Siga em @worry__lines
obrigada por ler até o final, e não esqueça de compartilhar :)
👩🏻💻 curadoria e textos por Beatriz Guarezi. estrategista de marcas, curadora de conteúdo, escritora de e-mails e TEDx Speaker.
📚 se você está em busca da próxima leitura, confira a Biblioteca Bits to Brands, com indicações de livros em desenvolvimento pessoal, ficção, marketing e tecnologia.
Estou a pouco tempo por aqui, mas obrigado por compartilhar textos maravilhosos recheados de tendências. Vamos para mais 100, 200 e o que vier com o tempo!
Obrigado por essa edição!
Eu infelizmente só cheguei agora, mas espero estar aqui na edição #300!
Não por acaso, estamos pensando em rebranding da nossa agência e colaborou demais!