Bits to Brands #186 | Love Brands
De que são feitas as marcas, e os eventos amados.
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#184 | Newsletter Club
#185 | Precisamos falar sobre o Duolingo
Tempo de leitura: 6 minutos
Na edição de hoje, trago um pouco do que foi o RD Summit 2022. O que eu levei, mas principalmente o que eu recebi. Felizmente, ambos se resumem em uma mesma palavra.
Não sei se fiz jus a toda emoção desses dias mas, como em absolutamente tudo que faço, foi de coração. ♡
- Beatriz
(para falar comigo ou anunciar na Bits, responda esse e-mail ou escreva para beatriz@bitstobrands.com)
"Se a gente compra porque a gente sente, a gente precisa colocar emoção naquilo que a gente vende.
Em como a gente vende.
E nas marcas que a gente coloca no mundo”.
Com essa frase, numa sala de 5.000 pessoas, num silêncio atento quebrado somente pelo som da minha voz, eu encerrei a palestra mais especial da minha vida.
Fui ao RD Summit falar de marcas, mas também falar de amor. Durante 40 minutos, teoria de branding, metáforas e clichês sobre relacionamentos, tendências e referências se encontraram na mesma conversa.
Com o objetivo de ensinar e inspirar, sim, mas principalmente de mostrar que a nossa relação com as marcas é mais emocional e irracional do que gostaríamos de admitir. E se isso é verdade para nós, também é verdade para o nosso público.
Por que, então, a gente consome e engaja com o que emociona, mas na hora de comunicar a gente recorre a fórmulas?
Construir uma marca amada é entender a teoria, ter clareza da sua relevância e contar boas histórias. E nada disso se compra pronto, muito menos em “tamanho único”.
Tem dados, análise e estratégia, sim. Mas tem que ter presença e intenção no que você cria. Só assim quem está do outro lado vai sentir.
E ao falar do que as nossas marcas favoritas fazem para merecer o posto de “love brands”, o que eu mais queria era que as pessoas sentissem. Que elas vivenciassem cada conceito, ao invés de somente anotar.
Por isso, mostrei um vídeo da Adênia e provei que todo mundo que riu junto faz parte da mesma comunidade.
Mostrei um vídeo do Duolingo que é impossível não querer curtir, pra provar que conteúdo tem que despertar isso na gente, ou não vai engajar.
Coloquei na sala o desconforto de uma marca que gera briga, e como a Monopoly abraçou isso para gerar identificação.
Convidei todo mundo a voltar no tempo, para tempos mais simples de download de músicas pro mp3 e subnicks do MSN, e botei Nickelback no último volume pra despertar naquela sala imensa a sensação de conforto.
Se provei meu ponto, só quem estava lá pode dizer, mas segui à risca minha própria recomendação: não fui até lá em busca de um “felizes pra sempre” no final. Fui disposta a colocar o meu coração em cada momento do processo.
Mal sabia que aquele seria só o primeiro de tantos momentos em que as pessoas iriam sentir juntas.
O RD Summit 2022 foi emoção por todos os lados.
Das diversas palestras falando em humanizar, em comunidade, em pessoas, em experiências, à cada detalhe de um evento que é a representação perfeita disso tudo.
Em tempos de metaverso e inteligência artificial, todo mundo que estava lá entendeu perfeitamente como a energia dos abraços, das vozes, do “materializar” quem só se via pela tela, é impossível de replicar por qualquer tecnologia.
Rede social nenhuma tem o poder desses encontros.
Num segundo momento no palco, dessa vez na companhia de Hernane Ferreira Jr. (criador da the news) e Gaía Passarelli (autora da Tá Todo Mundo Tentando), a gente trocou uma ideia ótima sobre newsletters.
“Newsletter ruim não viraliza”. Mas adivinha se uma boa newsletter não é aquela feita com intenção, com atenção aos detalhes, com personalidade na curadoria?
Eu perguntei pro Hernane sobre crescimento, e ouvi sobre como a the news cresceu, antes de qualquer estratégia de indicação, por ser um conteúdo que as pessoas gostam de ler.
Perguntei sobre métricas, e a gente descobriu que o pessoal da the news um dia foi descobrir quantas vezes seus leitores já disseram que “amam” a newsletter (muitas vezes).
E adivinha se o grande valor (para a news e para os anunciantes) não mora exatamente ali?
Eu fui ao RD Summit com uma palestra cheia de corações e um coração transbordando emoção - que rapidinho descobri que era só mais um.
Talvez seja a volta dos eventos presenciais, depois de tanto tempo online.
Talvez seja a atmosfera tão receptiva e tão “querida” que só Florianópolis tem - do sotaque manezinho ao pôr-do sol.
Talvez seja a mágica que acontece quando a gente fala de coração das coisas que faz e acredita, pra gente com os cadernos e corações abertos a receber.
E certamente é mérito de um evento que existe no encontro perfeito do amor e do respeito. Um ambiente onde a gente ama estar, conta pra todo mundo, conta os dias para o próximo. E onde sabe que a cada ano tem muito a aprender.
O RD Summit é uma love brand.
♡♡♡
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Agradecimentos:
_ Os slides que encheram a plenária do RD Summit de cor e corações foram feitos pela Caroline Colombo [entre em contato com ela pelo LinkedIn];
_ A performance que todo mundo elogiou pela naturalidade levou muita prática até ficar natural, com a preparação de Biel Krieger [entre em contato com ele pelo site];
_A energia pré, durante e pós apresentação foi compartilhada e catalisada pelos amigos queridos e palestrantes brilhantes, Erich Casagrande, Galileu Nogueira e Vinicius Gambeta;
_O maior palco do RD Summit foi um sonho realizado graças aos “corações” em forma de like e à presença de quem se dispôs a ouvir essas ideias. Eu prometo sempre valorizar essa atenção;
_E a saia que iluminou tudo é Zara :)
⭐ Momento de Inspiração
O ThinkWithGoogle está completando dez anos de idade, e fez uma retrospectiva do que definiu a internet de 2012 pra cá. Uma grande referência em conteúdo, insights e consistência.
Troca de abas
Ainda sobre o RD Summit, destaco alguns artigos sobre a minha palestra:
da Flavia Vargas, um resumo do primeiro dia;
do portal Nosso Meio, uma cobertura bem detalhada, com fotos e quotes;
da Vivien Uhlmann, um artigo que destaca os exemplos e cases.
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Enquanto isso, Elon Musk finalmente comprou o Twitter. Num acordo mais para novela do que negociação, Musk é o novo CEO de uma das maiores redes sociais do mundo. Esse artigo da The Verge destaca que ele logo deve perceber que “construir um carro ou um foguete tem objetivos mais claros e simples do que construir uma comunidade. Metal não responde de volta ou posta vídeos ofensivos de todo tipo”.
O jornalista Casey Newton teve acesso a conversas no Slack, e contou na sua newsletter o que tem rolado do lado de dentro da empresa (spoiler: caos).
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Dez tensões culturais, para toda marca (e todo mundo) prestar atenção ao pensar sua comunicação e conteúdo.
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Uma thread importantíssima sobre o uso das redes sociais por pessoas idosas, e o conteúdo que chega até eles por ali. Todo cuidado é pouco:
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Sobre inteligências artificiais criativas. Em poucas linhas, Seth Godin deixa clara a diferença entre ideias criadas e ideias que acontecem de fato. Um site pode criar imagens, logos, nomes, infinita e instantaneamente. Mas escolher, executar e assumir responsabilidade ainda é humano.
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GIFs são coisa do passado. Em mais um capítulo da triste história dos millennials envelhecendo online, agora os GIFs estão caindo em desuso. E com eles se vai toda uma era da internet, regida pelo Tumblr e pelo Twitter e ilustrada por GIFs com cenas de Friends. Bons tempos.
💌 newsletter club
Poucas coisas me deixam tão feliz quanto uma newsletter que foi inspirada na Bits, ou que nasceu a partir da nossa Masterclass de Newsletter. Quando essa é uma newsletter criada por mulheres, que toda semana discute questões do universo feminino com leveza mas sem superficialidade, eu fico mais feliz ainda. :)
Assinem a Sofia:
👩🏻💻 Dica da Bia
Se você está chegando agora,
Primeiramente, boas vindas :)
Essa é uma newsletter enviada desde 2018, para uma audiência de mais de 20 mil pessoas. Muito já foi compartilhado nessa trajetória, e você pode conferir no arquivo que contém todas as edições.
Pra te ajudar, selecionei alguns dos meus conteúdos favoritos, por onde eu sugiro que você comece:
Meu talk no TEDxBlumenau - um papo sobre reprensar o tempo que passamos com o celular na mão e o conteúdo que chega até nós por ali [link]
O último Relatório de Tendências de Tecnologia e Comportamento para Marcas da Bits to Brands, que em março já falava de TikTok, Comunidades e Valor Virtual [link]
Um artigo que eu escrevi para a EXAME, sobre a palestra do Scott Galloway no Brasil [link]
Uma entrevista com o Orkut, criador da nossa primeira rede social (e favorita até hoje), sobre redes sociais e comunidades [link]
Uma tendência que exploramos recentemente, a Cultura do Conforto [link]
Uma análise sobre Instagram e TikTok de um ponto de vista de arquétipos de marca e diferenciação [link]
Um artigo sobre a Economia da Ansiedade, com base numa pesquisa inédita que identificou como os brasileiros relacionam ansiedade ao que compram e ao conteúdo que consomem [link]
obrigada por ler até o final, e não esqueça de compartilhar :)
👩🏻💻 curadoria e textos por Beatriz Guarezi. estrategista de marcas, curadora de conteúdo e escritora de e-mails.
📚 se você está em busca da próxima leitura, confira a Biblioteca Bits to Brands, com indicações de livros em desenvolvimento pessoal, ficção, marketing e tecnologia.
Já assino a bits faz uns anos, mas amei o resumão de links no fim do e-mail :)