Bits to Brands #184 | Newsletter Club
Sobre esse espaço que criamos e compartilhamos na internet.
Previously on..
#182 | Pocket
#183 | O tempo, as telas e o valor da sua atenção
Tempo de leitura: 5 minutos
A edição de hoje é dedicada a todos os colegas escritores de newsletter, que enchem as caixas de entrada das pessoas com suas palavras, reflexões e curadoria. Que prazer compartilhar “esse lado” da internet com vocês.
Vamos em frente. Uma edição de cada vez. ♡
- Beatriz
(para falar comigo ou anunciar na Bits, responda esse e-mail ou escreva para beatriz@bitstobrands.com)
Quando eu comecei a Bits to Brands, em 2018, newsletter não era nenhuma novidade (tanto quanto mandar e receber e-mails são a coisa menos “novidade” da internet), mas ainda tinha bastante “mato”.
Não tinha Substack, ou newsletter no LinkedIn, ou tanta gente lendo newsletter todo dia de manhã como quem lê jornal.
Muita coisa aconteceu em quatro anos, de pandemia à TikTok, sem contar as tantas mudanças no algoritmo do Instagram, pra que cada vez mais a gente buscasse criar e consumir conteúdo dessa forma.
Mas o fato é que “assina a minha newsletter” é o novo “arrasta pra cima”, nessa internet onde todo mundo tem link nos Stories e cada vez mais criadores e marcas querem frequentar a sua caixa de entrada.
E esse poderia ser mais um texto sobre os benefícios e diferenciais da newsletter, mas com todo o “inception” que nos cabe - talvez você já saiba?
Se você cria nesse formato, sabe que a frequência fixa, a curadoria, o escrever… tudo isso é um processo mais tranquilo do que cumprir calendário de publicações em vários formatos diferentes pra agradar uma “força maior” que muda as regras de um dia pro outro.
Se você consome nesse formato, entende a diferença de ter as pessoas, marcas e ideias que gosta à sua disposição, no seu tempo, sem a interrupção de músicas, anúncios, “publicações recomendadas” e afins. Você escolhe o momento, a trilha sonora e o papel que esse conteúdo vai cumprir na sua rotina.
O objetivo hoje não é explicar, é reconhecer.
Se cada plataforma e cada formato atende um perfil de público, de necessidade ou de curiosidade, gosto de pensar que quem cria e consome conteúdo na caixa de entrada é um certo “tipo” de gente.
Gente que gosta de ler.
Gente que gosta de escrever.
Gente da época dos blogs, das fanfics, dos fóruns.
Gente que preserva seus espaços virtuais, que cuida do que chega, como chega, quando chega.
Gente que escolhe a dedo o que compartilha, como compartilha, que coloca intenção em cada palavra.
Gente que liga os pontos, que “já viu isso” antes das outras redes sociais.
Gente que talvez tenha mais em comum do que imagina, só por escrever ou assinar newsletter.
Gente que às vezes se sente meio ultrapassada,
mas algo me diz que a calma de consumir conteúdo no seu tempo e a arte de compartilhar ideias escritas, frase a frase, só ficam mais importantes conforme o tempo passa.
A cada assinante, e cada edição.
Pra ir além das palavras:
De agora em diante, toda vez que você ver o selo “Newsletter Club” por aqui, ele ilustra um espaço reservado pra recomendar outras newsletters. Numa tentativa de retribuir tantas recomendações, de aproximar essa comunidade e de fortalecer esse formato.
Para inaugurar em grande estilo, se você ainda não assina a newsletter do Tiago, a Tira do Papel, faça isso a tempo de receber a edição que chega às quintas meio dia. Sua caixa de entrada, criatividade e inspiração vão me agradecer :)
⭐ Momento de Inspiração
Com base no propósito da marca e no insight de que mais de 1 bilhão de mulheres e meninas frequentam o universo dos games no mundo, a Dove quer desafiar padrões de beleza irreais também no mundo virtual. A presença feminina no “metaverso” ainda é baseada em representações hipersexualizadas e nada realistas de mulheres, e o jogo Super U Story, no Roblox, foi criado para “mudar a forma como pensamos em mulheres nos jogos”.
patrocinada pela Escola DNC
Quem é profissional de marketing ou está buscando essa transição sabe: é preciso uma visão cada vez mais completa. Seja qual for o papel que você for desempenhar no time, é importante falar fluentemente sobre SEO, CRM, métricas, social media e até vendas.
A Escola DNC está com inscrições abertas para a sua formação em marketing - que aborda todos esses temas e muitos outros, tudo isso com foco não só no conteúdo, mas no desempenho profissional dos seus alunos. Inclusive, eles têm um time inteiro focado no atingimento do objetivo do aluno e todo esse acesso é vitalício.
Ao todo são 440 horas de imersão, 15 certificações, entre aulas online gravadas e ao vivo, mentoria de carreiras semanalmente, e a oportunidade de ter uma experiência prática em uma empresa real, como iFood, Unilever e Ambev. Tudo isso para o desenvolvimento de hard e soft skills.
Assinantes da Bits to Brands têm 10% de desconto, mas só até o final do mês. Para garantir o desconto, é só se inscrever por esse link:
Troca de abas
“Valeu cada minuto da minha atenção” é um dos comentários que eu mais tenho recebido em relação ao meu TEDx sobre tempo, telas e atenção. Fica o link de novo caso você não tenha visto :)
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Ainda sobre newsletters, um artigo que descreve cinco modelos de newsletter, conforme o seu papel na vida das pessoas, o estilo de conteúdo, como elas podem crescer e monetizar suas audiências. Essencial pra quem escreve ou quer escrever a sua. Deu até saudade da nossa Masterclass!
No ano passado tivemos duas edições sobre o tema:
edição #115, em fevereiro, sobre como em 2021 havia chegado “a vez das newsletters”;
edição #151, em dezembro, sobre 2021 ter sido mesmo “o ano da newsletter”.
Sou suspeita pra falar, eu sei. :)
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O papel do CMO. O que se espera de um CMO versus o que é delegado a um CMO são coisas frequentemente diferentes. Mesmo enquanto brand manager, me identifiquei bastante com essa análise.
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O BeReal está acontecendo - ou quase. Em termos de downloads do aplicativo, em março eram 1.4 milhões e em setembro foram 14.7 milhões. Mas, a % de usuários que abrem o app diariamente é 9% - contra 39% do Instagram, por exemplo.
Se você não entendeu muito bem como o BeReal funciona, explicamos aqui na edição #166 - e estamos desde então em dúvida se essa rede social vai cruzar a fronteira do “hype” e se tornar de fato parte do dia a dia das pessoas.
Influenciadores “pre-born”. Pre-born, aqui, significa, “ainda não nascidos”. E não, isso não é um episódio de Black Mirror. É uma análise a partir do bebê da Viihtube, que não deve ter o tamanho de uma laranja, mas já tem mais de 700 mil seguidores no Instagram. Um exemplo entre tantos de “bebês que, antes mesmo de nascer, já estão entrando na roda dos algoritmos, do engajamento e da audiência a qualquer custo”. Tempos estranhos.
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Imagens criadas por IA já estão entre nós. Através das criações de agências de publicidade pelo mundo, que já tem usado ferramentas como DALL-E no trabalho. “Hoje em grande parte ainda é uma novidade; até 2025, a maioria das equipes criativas as usará como prática padrão”.
👩🏻💻 Dica da Bia
Um papo com Brené Brown, Simon Sinek e Adam Grant
Para alguém que não acompanha o universo dos super-heróis, acho que o mais próximo que eu consigo chegar de alguém que assiste a “Os Vingadores” é esse encontro.
Os “Avengers” dos profissionais millennial, cada um com seu “super poder” inspirador, juntos conversando sobre o retorno ao trabalho pós-pandemia, sobre liderança, sobre convivência, até sobre “quiet quitting”, num papo de mais de 1h dividido em dois episódios.
Simplesmente imperdível. Disponível no podcast Dare to Lead, da Brené Brown:
obrigada por ler até o final, e não esqueça de compartilhar :)
👩🏻💻 curadoria e textos por Beatriz Guarezi. estrategista de marcas, curadora de conteúdo e escritora de e-mails.
📚 se você está em busca da próxima leitura, confira a Biblioteca Bits to Brands, com indicações de livros em desenvolvimento pessoal, ficção, marketing e tecnologia.
Muito legal essa forma de recomendar às newsletters e começou com um pé direito.
A questão dos influenciadores pre-born para mim é algo meio sinistro, muita exposição de uma vida (da criança ainda não nascida).
Ah, sobre a representatividade do jogo da Dove no Roblox, adorei. Especialmente porque no início desta semana minha filha de 5 anos me perguntou porque tinha tantos heróis e só uma heroína na Liga da Justiça. <3