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#195 | O novo “ao vivo”
#196 | Especial Superbowl
Tempo de leitura: 4 minutos
Calma. A Bits não vai acabar. ❤️
Pelo contrário, vem muito conteúdo por aí esse mês.
Mas não é click-bait.
Porque o Skank vai acabar.
E ao presenciar um desses “tchaus”, surgiu esse texto.
Um pouco diferente mas, como sempre, carregado de inspiração.
PS: Estava com saudades! O que era para ser uma breve pausa no carnaval acabou se estendendo porque a vida não tem dado muita trégua por aqui. Mas logo voltamos à programação normal - às quintas! :)
- Beatriz
(para falar comigo ou anunciar na Bits, responda esse e-mail ou escreva para beatriz@bitstobrands.com)
A internet nos dá a falsa impressão de que as coisas nunca terminam.
Um blog vira canal no YouTube que vira perfil no Instagram que vira TikTok,
E quando a gente vê, a blogueira que tirava foto no espelho com Cybershot tem três filhos - e a gente acompanhou tudo.
De certa forma, talvez aqui as coisas durem mesmo.
O que a gente publica provavelmente vai existir em algum canto ou resultado de busca por muito tempo.
Uma série que fez muito sucesso há décadas está sendo assistida neste momento, naquela tal de “cauda longa” em que existe tudo, pra todos os gostos,
Pra sempre.
Nesse contexto, se despedir é algo tão raro quanto corajoso.
Dar um ponto final claro, explícito, controlado.
Celebrado.
Encerrar porque fez seu ponto,
Fechou seu ciclo,
Entregou o que tinha pra entregar,
Partiu pra próxima, ou até (por que não)
Perdeu a paciência.
Seja qual for o motivo, talvez estejamos nos deparando com cada vez mais “fins”.
O tempo está passando para os nossos ícones da adolescência.
O que vale para apresentadores de TV, atletas, bandas de rock ou Youtubers.
E nem é preciso ir tão longe no tempo.
Séries que nos encantaram recentemente já tentam não se estender demais.
Vem aí a última temporada de Succession, que estreou em 2018. Prestes a terminar mesmo com o Twitter ávido para seguir falando sobre…
As redes sociais acabam.
Seja aquelas que acabam com ponto final (saudades, Orkut), seja aquelas que teimam em existir mesmo sem ter papel claro na vida das pessoas.
Encerrar não parece tão ruim quando a alternativa é se tornar ultrapassado.
É de se pensar que de tanto dar “tchau”, a gente falaria mais sobre despedidas.
Até porque, a forma como a gente termina diz mais do que a forma como a gente começa.
(Uma frase que vale para projetos, produtos, marcas, empregos e relacionamentos)
Mas muito se fala sobre começar.
“Faça algo pela primeira vez”
Ouse.
Arrisque.
Se jogue.
Fala-se menos do que deveria sobre continuar.
A consistência.
A persistência.
A disciplina.
O hábito.
Fala-se quase nada sobre terminar.
A última temporada.
O último vídeo.
Um produto descontinuado.
O fim de uma fase.
A aposentadoria.
Sorte daqueles que conseguem escolher isso,
E viver isso,
Compartilhar isso,
E nos ensinar no processo.
O que é o fim, se não a maior tendência de todas?
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Uma breve curadoria de “fins”:
A homenagem da Rolex pela aposentadoria de Roger Federer,
E a da Nike para a Serena Williams.
Um “cemitério” de produtos do Google.
⭐ Momento de Inspiração
A atual campanha do Airbnb foi a última coisa que me fez falar “genial!” em voz alta. Execução super simples que, com ótimo uso de imagens e trilha sonora, te transporta para outro lugar em poucos segundos. Um bom marketing sem mega produção tem muito valor.
Troca de abas
Uma das maiores trends da atualidade: compartilhar vídeos do Pedro Pascal sendo latino, querido e carismático. Recomendo o artigo, e esse vídeo aqui 🥲
ChatGPT é o novo metaverso - até para a Meta. Na verdade, o metaverso nunca conseguiu o buzz que as IAs generativas geraram em semanas. Foi mais uma ação de rebranding, do que uma inovação com papel real na vida das pessoas.
Como já suspeitávamos, nas edições #147 (quando Facebook virou Meta) e #155 (quando as marcas correram para existir no metaverso).
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Falando em AI, o Spotify juntou a capacidade de curadoria do seu algoritmo com uma inteligência artificial que interage, para oferecer um “DJ pessoal”. Algo entre “Her” e um programa de rádio dos anos 90.
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Ela sempre se supera. A última da Adênia, mascote da Aff the Hype, é interpretar clássicos da literatura. Sempre de forma bem humorada, mesmo que alguns achem “burra e vazia”. Para quem curte arquétipos, não há melhor “bobo da corte” hoje em dia do que essa marca.
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Como o Duolingo faz com que as pessoas voltem para o aplicativo? Uma análise ilustrada e comentada da jornada de um usuário pelo app, que destaca 8 táticas de retenção, entre elas: redução de fricção, recompensas pelo retorno e o uso de notificações.
💌 newsletter club
A dica de hoje é uma newsletter de uma assinante da Bits, que ilustra perfeitamente a mágica e o significado que esse lugar tem pra mim. Gostei muito de conhecer a Teoricamente, e recomendo uma das suas edições mais recentes: uma análise pessoal e sensível sobre as redes sociais como álbuns de memórias.
👩🏻💻 Dica da Bia
O Dicionário das Palavras Perdidas
O livro que me fez companhia no carnaval pareceu uma boa pedida para essa semana. É uma obra de ficção, baseada nas histórias reais das pessoas por trás do desenvolvimento do primeiro Dicionário de Oxford.
Em uma sociedade com nenhuma representatividade feminina, as palavras eram registradas e seus significados atribuídos de um ponto de vista extremamente restrito (e muitas vezes machista).
A autora dessa história quis trazer protagonismo para as mulheres nos “bastidores” das palavras e dos acontecimentos da época. Suas personalidades, sentimentos, ganhos e perdas.
Vale muito a leitura ❤️
[confira aqui no link]
obrigada por ler até o final, e não esqueça de compartilhar :)
👩🏻💻 curadoria e textos por Beatriz Guarezi. estrategista de marcas, curadora de conteúdo, escritora de e-mails e TEDx Speaker.
📚 se você está em busca da próxima leitura, confira a Biblioteca Bits to Brands, com indicações de livros em desenvolvimento pessoal, ficção, marketing e tecnologia.
Essa música!
Mas a internet tem mesmo essa questão de você acabar reencontrando as pessoas, em novos formatos.
sempre ótimas inspirações