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Bits to Brands #197 | 💡 A tendĂȘncia ao fim

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Bits to Brands #197 | 💡 A tendĂȘncia ao fim

Em tempos de internet, serĂĄ que as coisas acabam?

Beatriz Guarezi
Mar 10
36
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Bits to Brands #197 | 💡 A tendĂȘncia ao fim

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Previously on..
#195 | O novo “ao vivo”
#196 | Especial Superbowl
Tempo de leitura: 4 minutos
Calma. A Bits nĂŁo vai acabar. ❀
Pelo contrĂĄrio, vem muito conteĂșdo por aĂ­ esse mĂȘs.
Mas nĂŁo Ă© click-bait.
Porque o Skank vai acabar.
E ao presenciar um desses “tchaus”, surgiu esse texto.
Um pouco diferente mas, como sempre, carregado de inspiração.
PS: Estava com saudades! O que era para ser uma breve pausa no carnaval acabou se estendendo porque a vida não tem dado muita trégua por aqui. Mas logo voltamos à programação normal - às quintas! :)
- Beatriz
(para falar comigo ou anunciar na Bits, responda esse e-mail ou escreva para beatriz@bitstobrands.com)

A internet nos dĂĄ a falsa impressĂŁo de que as coisas nunca terminam.

Um blog vira canal no YouTube que vira perfil no Instagram que vira TikTok,
E quando a gente vĂȘ, a blogueira que tirava foto no espelho com Cybershot tem trĂȘs filhos - e a gente acompanhou tudo.

De certa forma, talvez aqui as coisas durem mesmo.
O que a gente publica provavelmente vai existir em algum canto ou resultado de busca por muito tempo.
Uma sĂ©rie que fez muito sucesso hĂĄ dĂ©cadas estĂĄ sendo assistida neste momento, naquela tal de “cauda longa” em que existe tudo, pra todos os gostos,
Pra sempre.

Nesse contexto, se despedir Ă© algo tĂŁo raro quanto corajoso.
Dar um ponto final claro, explĂ­cito, controlado.
Celebrado.

Encerrar porque fez seu ponto,
Fechou seu ciclo,
Entregou o que tinha pra entregar,
Partiu pra próxima, ou até (por que não)
Perdeu a paciĂȘncia.

Seja qual for o motivo, talvez estejamos nos deparando com cada vez mais “fins”.

O tempo estĂĄ passando para os nossos Ă­cones da adolescĂȘncia.
O que vale para apresentadores de TV, atletas, bandas de rock ou Youtubers.
E nem Ă© preciso ir tĂŁo longe no tempo.

Séries que nos encantaram recentemente jå tentam não se estender demais.
Vem aĂ­ a Ășltima temporada de Succession, que estreou em 2018. Prestes a terminar mesmo com o Twitter ĂĄvido para seguir falando sobre


As redes sociais acabam.
Seja aquelas que acabam com ponto final (saudades, Orkut), seja aquelas que teimam em existir mesmo sem ter papel claro na vida das pessoas.
Encerrar nĂŁo parece tĂŁo ruim quando a alternativa Ă© se tornar ultrapassado.

É de se pensar que de tanto dar “tchau”, a gente falaria mais sobre despedidas.
Até porque, a forma como a gente termina diz mais do que a forma como a gente começa.

(Uma frase que vale para projetos, produtos, marcas, empregos e relacionamentos)

Mas muito se fala sobre começar.
“Faça algo pela primeira vez”
Ouse.
Arrisque.
Se jogue.

Fala-se menos do que deveria sobre continuar.
A consistĂȘncia.
A persistĂȘncia.
A disciplina.
O hĂĄbito.

Fala-se quase nada sobre terminar.
A Ășltima temporada.
O Ășltimo vĂ­deo.
Um produto descontinuado.
O fim de uma fase.
A aposentadoria.

Sorte daqueles que conseguem escolher isso,
E viver isso,
Compartilhar isso,
E nos ensinar no processo.

O que Ă© o fim, se nĂŁo a maior tendĂȘncia de todas?

_

Uma breve curadoria de “fins”:

  • A homenagem da Rolex pela aposentadoria de Roger Federer,

  • E a da Nike para a Serena Williams.

  • O Ășltimo vĂ­deo da Jout Jout.

  • A despedida da Kombi.

  • Um “cemitĂ©rio” de produtos do Google.


⭐ Momento de Inspiração

A atual campanha do Airbnb foi a Ășltima coisa que me fez falar “genial!” em voz alta. Execução super simples que, com Ăłtimo uso de imagens e trilha sonora, te transporta para outro lugar em poucos segundos. Um bom marketing sem mega produção tem muito valor.


Troca de abas

Uma das maiores trends da atualidade: compartilhar vĂ­deos do Pedro Pascal sendo latino, querido e carismĂĄtico. Recomendo o artigo, e esse vĂ­deo aqui đŸ„Č

Twitter avatar for @ppascalcomfort
comfort pedro @ppascalcomfort
“¡Ay me encanta cuando me dicen Pedrito!” - Pedro Pascal💗
2:37 AM ∙ May 17, 2022
10,415Likes1,227Retweets

ChatGPT é o novo metaverso - até para a Meta. Na verdade, o metaverso nunca conseguiu o buzz que as IAs generativas geraram em semanas. Foi mais uma ação de rebranding, do que uma inovação com papel real na vida das pessoas.

Como jå suspeitåvamos, nas ediçÔes #147 (quando Facebook virou Meta) e #155 (quando as marcas correram para existir no metaverso).

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Falando em AI, o Spotify juntou a capacidade de curadoria do seu algoritmo com uma inteligĂȘncia artificial que interage, para oferecer um “DJ pessoal”. Algo entre “Her” e um programa de rĂĄdio dos anos 90.

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Ela sempre se supera. A Ășltima da AdĂȘnia, mascote da Aff the Hype, Ă© interpretar clĂĄssicos da literatura. Sempre de forma bem humorada, mesmo que alguns achem “burra e vazia”. Para quem curte arquĂ©tipos, nĂŁo hĂĄ melhor “bobo da corte” hoje em dia do que essa marca.

affthehype
A post shared by Aff The Hype (@affthehype)

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Como o Duolingo faz com que as pessoas voltem para o aplicativo? Uma anålise ilustrada e comentada da jornada de um usuårio pelo app, que destaca 8 tåticas de retenção, entre elas: redução de fricção, recompensas pelo retorno e o uso de notificaçÔes.


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💌 newsletter club

A dica de hoje é uma newsletter de uma assinante da Bits, que ilustra perfeitamente a mågica e o significado que esse lugar tem pra mim. Gostei muito de conhecer a Teoricamente, e recomendo uma das suas ediçÔes mais recentes: uma anålise pessoal e sensível sobre as redes sociais como ålbuns de memórias.

Teoricamente
as memĂłrias que inventamos para as redes sociais
As redes sociais assumiram o papel de guardiĂŁ das nossas memĂłrias, mas, tenha vocĂȘ percebido ou nĂŁo, os momentos que postamos lĂĄ estĂŁo cada vez mais editados, na tentativa de tornar nossa vida mais atraente para quem nos segue. Antes de postar, inventamos as memĂłrias que queremos lembrar. Mas nem sempre foi assim

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đŸ‘©đŸ»â€đŸ’» Dica da Bia

O DicionĂĄrio das Palavras Perdidas

O livro que me fez companhia no carnaval pareceu uma boa pedida para essa semana. É uma obra de ficção, baseada nas histórias reais das pessoas por trás do desenvolvimento do primeiro Dicionário de Oxford.

Em uma sociedade com nenhuma representatividade feminina, as palavras eram registradas e seus significados atribuĂ­dos de um ponto de vista extremamente restrito (e muitas vezes machista).

A autora dessa histĂłria quis trazer protagonismo para as mulheres nos “bastidores” das palavras e dos acontecimentos da Ă©poca. Suas personalidades, sentimentos, ganhos e perdas.

Vale muito a leitura ❀

[confira aqui no link]


obrigada por ler até o final, e não esqueça de compartilhar :)

đŸ‘©đŸ»â€đŸ’» curadoria e textos por Beatriz Guarezi. estrategista de marcas, curadora de conteĂșdo, escritora de e-mails e TEDx Speaker.

📚 se vocĂȘ estĂĄ em busca da prĂłxima leitura, confira a Biblioteca Bits to Brands, com indicaçÔes de livros em desenvolvimento pessoal, ficção, marketing e tecnologia.

đŸ“© essa Ă© uma newsletter semanal sobre tendĂȘncias de tecnologia e comportamento para marcas. se vocĂȘ aproveitou essa edição e ainda nĂŁo assina, receba por e-mail:

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4 Comments
Gabriel Lucas Scardini Barros
Writes QPD - Quinze por Dia
Mar 13

Essa mĂșsica!

Mas a internet tem mesmo essa questĂŁo de vocĂȘ acabar reencontrando as pessoas, em novos formatos.

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Denys Cruz
Writes Reator 2
Mar 10

sempre ótimas inspiraçÔes

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