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Bits to Brands #155 | Marcas no metaverso

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Bits to Brands #155 | Marcas no metaverso

Por quê?

Beatriz Guarezi
Feb 3, 2022
13
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Bits to Brands #155 | Marcas no metaverso

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Tempo de leitura: 6 minutos
A Bits começou como uma newsletter, evoluiu pra comunidade, virou sala de aula e a partir de hoje se torna oficialmente uma plataforma de mídia. Com muito orgulho, e com o desejo de trazer marcas para o nosso ecossistema - que tenham a ver com a gente, e que acrescentem pra você. Para anunciar na Bits, entre em contato por e-mail: beatriz@bitstobrands.com :)
- Beatriz

Desde que o Facebook popularizou o termo “metaverso”, ao (estrategicamente) mudar o nome da sua marca corporativa para Meta, tem sido “metaverso” pra todo lado.

Esportes no metaverso, shows no metaverso, experiências no metaverso e, como não poderia deixar de ser, marcas no metaverso.

Alguns exemplos recentes:

  • TIM inaugura loja no metaverso

  • pantys entra no metaverso e lança NFT com foco em universo feminino

  • H&M lança loja virtual no metaverso

Parece que toda semana tem uma manchete nova de “a marca tal chegou no metaverso”. Muda o nome da marca, mas a pergunta aqui permanece: por quê?

Qual é o papel estratégico desse tipo de ação (que não seja surfar uma onda que ninguém sabe ainda onde vai dar)?

Qual é a relevância na vida do consumidor real, hoje?

Como é medido o resultado dessas ações para além do awareness ou de impressões de matérias via PR?

Quem é essa cliente que vai gastar mais de 200 reais em uma foto de calcinha para ser dona dela virtualmente? Será que ela já entende o valor (ou sequer o significado) de um NFT?

Como chegar a uma loja virtual? Se eu quiser ir além da imagem da matéria, como eu faço? Ou, se o objetivo for falar com quem já está no ambiente virtual, por que essas pessoas iriam a uma loja?

Essa é a visão de dentro da loja da TIM. Para conhecer, você precisa ir em cryptovoxels.com, apertar em “Play” e depois digitar “TIM” na seção “Explorer”.

É importante uma distinção: falar em “metaverso” não é falar da realidade virtual que Mark Zuckerberg apresentou meses atrás. Mas é fato que o lançamento da Meta gerou um buzz grande sobre o termo.

Por isso, ações que não precisavam da palavra “metaverso” no press release agora têm. Muitas delas nada mais são que ativações de marca dentro de ambientes virtuais, como o Fortnite, o Roblox e o Animal Crossing.

E essa é uma tendência real, que já vem acontecendo há alguns anos. A gente, inclusive, explorou “marcas dentro dos jogos” no report de tendências de 2021.

O metaverso é tanto um hype quanto uma realidade. Porque ao mesmo tempo em que há milhões de pessoas dedicando horas do seu tempo e muito do seu dinheiro a ambientes virtuais, também tem muita marca adotando o termo apenas para aumentar suas chances de repercutir e parecer mais moderna do que de fato é.

É muito tênue a linha entre o testar uma inovação, demonstrar pioneirismo, buscar conexão com um novo público em um novo ambiente e uma ação que acontece só pra “estar por dentro”.

E cabe a nós decidir se vamos comprar essas ações sem antes questionar - o timing, a relevância, a necessidade de colocar tanto dinheiro e esforço no mundo virtual como se não houvesse oportunidades de inovação na vida real.

Do contrário, não estaremos observando uma tendência. Estaremos fabricando uma tendência.

Porque se falar em metaverso desperta atenção, o que faz com que as pessoas corram pra querer fazer parte, o que faz com que as marcas invistam pra fazer parte, para então chamar atenção, em loop infinito, o resultado é quase uma bolha.

É um assunto que só é assunto porque se fala sobre ele. E não porque há pessoas reais jogando ali, conversando ali, interagindo ali, consumindo ali, buscando soluções reais ali.

“De dentro do time de marketing, é fácil imaginar que os consumidores estão só esperando para poder interagir livremente com a sua marca. (…)

Seja construindo um mundo novo ou criando uma experiência de marca em uma plataforma já existente, é importante não perder de vista o papel real dessa marca na vida das pessoas. O desafio é encontrar as pessoas onde elas estão” - Tom Fishburne


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⭐ Momento de Inspiração
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A Danone copiou (e copiou muito!) a Not Co no lançamento do seu produto à base de plantas. A resposta da Not Co foi oferecer uma ajuda para marcas que estão lançando leites vegetais não precisarem mais copiar seu nome: uma lista colaborativa de mais de 100 nomes possíveis. Uma aula de como lidar com a concorrência sem perder a classe.


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⌛ #tbt

Existiu mesmo ou foi um surto coletivo?

Mais ou menos a esta hora, um ano atrás, estava todo mundo no Clubhouse. Quem não estava no Clubhouse, estava nas redes sociais implorando por um convite pra participar de conversas ao vivo com a Anitta, com o Hugo Gloss ou com o seu influenciador favorito.

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2 years ago · 9 likes · Beatriz Guarezi

Troca de abas

Ainda no assunto de hoje. Esse artigo do Quartz, intitulado “O metaverso do Facebook é a sua melhor campanha de PR da história”, é uma ótima leitura complementar.

O Wordle foi comprado pelo New York Times. Fazendo jus à popularidade dos jogos de adivinhar palavras. Esse artigo explica bem o que é o Wordle e porque ele cresceu tanto.

Magalu e Nordestesse se unem para potencializar pequenos empreendedores do Nordeste (Foto: João Arraes)

Lu do Magalu na capa da Vogue. Pra consolidar a categoria de moda no Magalu, e pra provar que não há limites para as pessoas virtuais. Quais espaços a Lu ainda não conquistou?

A economia do Starbucks. De outubro a dezembro de 2021, o Starbucks movimentou 3 bilhões de dólares apenas via Starbucks Card. Esse vídeo do WSJ explica como eles foram de escrever seu nome no copo a operar como banco.


👩🏻‍💻 Dica da Bia

365 Dias de Branding

A dica de hoje é o último lançamento da Branding Lab: um manual com 365 pílulas sobre construção de marca. Ele vai do conceitual ao tático, com um conteúdo que ajuda a galera mais “Instagram” a entender os fundamentos, ao mesmo tempo em que dá várias dicas valiosas de Instagram para quem é mais “fundamentos”.

E como eu sei tudo isso? Porque eu ajudei a escrever :)

Parte das lições do 365 Dias de Branding teve origem na mente (e no teclado) dessa que vos escreve toda semana, numa parceria incrível com a Ellen e o time Branding Lab, para construir um material que é prático e didático na mesma medida.

Você consegue conferir todos os detalhes sobre o produto aqui nesse link.

Na hora de comprar, usando um dos botões abaixo você contribui com a Bits, e sou grata desde já :)

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obrigada por ler até o final, e não esqueça de compartilhar :)

👩🏻‍💻 curadoria e textos por Beatriz Guarezi. estrategista de marcas, curadora de conteúdo e escritora de e-mails.

📚 se você está em busca da próxima leitura, confira a Biblioteca Bits to Brands, com indicações de livros em desenvolvimento pessoal, ficção, marketing e tecnologia.

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