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Bits to Brands #142 | Zuck (e você) no Metaverso
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Bits to Brands #142 | Zuck (e você) no Metaverso

Do ambiente de trabalho ao óculos de sol que grava vídeos

Beatriz Guarezi
Sep 17, 2021
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Bits to Brands #142 | Zuck (e você) no Metaverso
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Previously on..
#140 | Dez perguntas para tecnologia
#141 | Além do algoritmo
Tempo de leitura: 5 minutos

Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras. Então, para fazer o ponto de hoje, eu trouxe três:

Introducing Horizon Workrooms: Remote Collaboration Reimagined - About  Facebook
A primeira é uma prévia do Workroom, a sala de trabalho virtual do Facebook, na qual você interage com o avatar dos seus colegas e eles com o seu, desde que todos tenham um Oculus.
Facebook will start putting ads in Oculus Quest apps - The Verge
Aqui nós temos um ambiente virtual, também via Oculus, e dentro dele o anúncio de uma marca. Essa imagem é parte dos testes do Facebook com anúncios segmentados em ambientes de realidade virtual.
Facebook anuncia Ray-Ban Stories, óculos inteligentes com câmeras - TecMundo
E por fim, esse é o Ray Ban Stories: uma parceria do Facebook e da Ray Ban que resultou em um óculos inteligente. Com uma câmera muito discreta embutida, ele grava vídeos e tira fotos ao toque de um botão na lateral, e envia o conteúdo diretamente para o celular.

Notaram o padrão aqui? Segundo Scott Galloway, no último earnings call (call de resultados) do Facebook, a palavra “metaverso” foi mencionada 16 vezes, enquanto “propaganda” somente uma.

Metaverso é uma visão de futuro para o mundo digital além da internet de hoje, na qual as pessoas irão socializar, trabalhar e jogar num espaço virtual social e economicamente mesclado ao mundo físico.

Para Mark Zuckerberg, o futuro da internet é um em que a gente não apenas a observa, mas participa ativamente. E o portal para isso são óculos de realidade virtual - o Oculus, um produto que o Facebook comprou e agora está usando a força dos seus outros negócios para alavancar, e agora, na parceria com a Ray Ban, o óculos Stories.

Cada estratégia revelada nos últimos meses entrega uma etapa dessa visão de futuro. Que é para onde o Facebook quer ir e, mais ainda, para onde ele quer que a gente vá.

Ir ou ficar ainda é uma escolha nossa. O “não, obrigada” parece óbvio quando olhamos para bonecos interagindo entre si em uma sala virtual estilo The Sims, acessível através de um óculos que custa entre 3 e 10 mil reais.

Enquanto um óculos Ray Ban clássico, bonito, capaz de fazer vídeos em primeira pessoa sem que as suas mãos estejam ocupadas pelo celular e capturar momentos de maneira única, pelo custo de 299 dólares, já fica bem mais próximo de um “vai que, né..”.

E não há nada de errado nisso. É um gadget como qualquer outro, com suas funcionalidades incríveis, e também suas questões de comportamento e privacidade. É uma decisão de compra como tantas outras foram antes.

Mas é preciso ter clareza de que não é apenas um óculos que filma. É parte de uma estratégia maior, de uma das maiores e menos confiáveis empresas do mundo. Não é apenas um produto, é uma visão de futuro. É um pequeno passo rumo ao tal “metaverso” do Facebook.

E onde ele vai dar, ainda é incerto. Cabe decidir se vamos participar ou não.

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Para se aprofundar no assunto, recomendo:
Da Wunderman Thompson, Metaverse Brands
Do Scott Galloway, Metaverse
No Good Morning America, uma entrevista com Mark Zuckerberg no lançamento do Workroom
Um vídeo da jornalista Joanna Stern testando e criticando os óculos Ray Ban Stories

_

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Momento de Inspiração

Pokémon e Oreo fecham parceria para bolacha temática

Uma parceria tão legal que faz pensar como não tinha acontecido antes. São biscoitos Oreo especiais Pokémon. Além da afinidade de público, a Oreo pegou emprestado dos pokemóns algo muito particular: a raridade. São 16 diferentes pokemóns, espalhados aleatoriamente pelos pacotes. Assim como no desenho, o Mew é o mais difícil de encontrar - e já tem sido vendido online por mais de 1000 dólares!

Um biscoito recheado valendo 1000 dólares. Por causa de um Pokémon. Sem mais.


Caixa de Perguntas

Um espaço pra opinar mais livremente, falar mais da minha experiência, o que tem por trás da Bits e, claro, como eu posso ajudar por aí. Deixe aqui neste link sua pergunta sobre construção de marca, uma tendência recente, sobre newsletter ou estratégia de conteúdo, que toda semana uma delas será respondida :)

Será que as novas plataformas, assim como o modelo "antigo", não estão passando por ciclos de adaptação e para o Uber não virar o táxi ou a Netflix não virar a Blockbuster, elas terão que se adaptar? Seja do ponto de vista ESG, seja do ponto de vista da remuneração, whatever. O ponto é: eles precisam se adaptar ou vão morrer mais cedo ou mais tarde.

Eu não tenho a resposta para essa pergunta. Mas me inspirou uma ótima reflexão, então fiz questão de compartilhar.

A Netflix foi a precursora do mercado de streaming, e popularizou o formato. Hoje, ela tem concorrentes fortes por todos os lados: em conteúdo original, em preço, em inovação, em marca. No mercado brasileiro, ela ainda é a maior, mas é também a mais cara. Será que o caminho é se tornar um serviço premium? Se sim, qual será o grande diferencial? Se não, qual a melhor alternativa para seguir crescendo?

A Uber, enquanto isso, ainda não tem um modelo de negócios que se sustenta sozinho. Talvez ele nunca tenha sido viável, mas recentemente se tornou tão inviável que ficou difícil ignorar. Talvez ele nunca tenha sido um serviço feito para ser barato. E vai ter que desmontar essa percepção, que levou tempo e muito investimento para construir.

Não sei se eu arriscaria dizer que essas empresas irão morrer, mas é fato que terão que se adaptar.


Das minhas abas para as suas

  • Para não dizer que não falei da Apple. O evento desse ano me fez questionar a real necessidade da gente parar tudo que está fazendo uma vez por ano, para ouvir evoluções em números, features, dados - e, claro, preço. Quando foi que um dos momentos mais inspiradores da marca se tornou um festival de benefícios funcionais?

    Twitter avatar for @beatrizguareziBeatriz | bitstobrands.com @beatrizguarezi
    eventos da Apple viraram exatamente isso aqui:

    Heather Kelly @heatherkelly

    “These are the best iPhones we’ve ever created” said the nice man every single year, in the same voice, in the same place, possibly the same pants.

    September 14th 2021

    1 Retweet31 Likes
  • O Instagram não consegue rercriar a mágica do TikTok. Esse artigo prova esse ponto brilhantemente, com o artifício desse gráfico, que gerou essa análise também no Instagram, e uma troca muito legal nos comentários:

    bitstobrands
    A post shared by @bitstobrands
  • Oito verdades difíceis sobre a creator economy. Seja dono da sua audiência. Ser criativo não é a mesma coisa que viver de criatividade. Contexto é importante. E outras cinco verdades que todo criador de conteúdo precisa ouvir.


Final notes

Essa semana concluímos a primeira Masterclass de Newsletter, com 6h de conteúdo e troca. Com ela, foram 8 turmas abertas + 2 in-company em quatro meses, e mais de 100 profissionais “formados” em skills de Curadoria de Conteúdo, Posicionamento de Marca e Newsletter.

Tem sido incrível levar esse projeto para formatos diferentes. Obrigada a todos que compartilham isso comigo.

Agora é hora de uma pausa e uns dias de férias - por isso, semana que vem não tem newsletter.

Na volta, novas turmas, novas edições e novas aventuras. Te vejo lá!

- Beatriz

PS: para falar direto comigo, use o botão “responder”, ou escreva para beatriz@bitstobrands.com

obrigada por ler até o final, e não esqueça de compartilhar :)

👩🏻‍💻 curadoria e textos por Beatriz Guarezi. estrategista de marcas, curadora de conteúdo e escritora de e-mails.

📩 essa é uma newsletter semanal sobre tendências de tecnologia e comportamento para marcas. se você aproveitou essa edição e ainda não assina, receba por e-mail:

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