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Bits to Brands #156 | Tudum
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Bits to Brands #156 | Tudum

Temos a nova referência em sound branding

Beatriz Guarezi
Feb 17
14
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#154 | O poder da nostalgia
#155 | Marcas no metaverso
Tempo de leitura: 5 minutos
Hoje tem Netfix, tem Superbowl, tem Juliette e NFTs e Kwai e metaverso e cultura-pop-anos-2000 e Casimiro. Podia ser sua timeline do Twitter, mas é a sua Bits to Brands. Bom almoço e boa leitura! :)
- Beatriz

A proliferação de perfis no Instagram e cursos online pode passar a impressão de que branding é algo recente ou ~tendência, mas a bibliografia não nos deixa mentir: é uma disciplina de décadas.

O maior autor e grande referência no assunto, David Aaker, tem 84 anos de idade e publicou seu primeiro livro em 1991.

Um dos desafios mais interessantes do branding é justamente esse: acompanhar os exemplos e tendências recentes, sem perder de vista a metodologia e teoria originais.

Na edição de hoje, temos um desses exemplos.

O assunto é branding sensorial e aqui mais especificamente o sound branding, que é o uso estratégico do som para criar conexão emocional com uma marca. Segundo Martin Lindstrom, no livro Brand Sense:

“Branding tem tudo a ver com estabelecer ligações emocionais entre a marca e o consumidor. Como em qualquer relacionamento, as emoções são baseadas em dados que colhemos com os cinco sentidos. (…) Assim como o cheiro se conecta à memória, o som se conecta ao ânimo. O som na verdade cria o ânimo, assim como sentimentos e emoções. (…). A forma como uma marca soa jamais deveria ser subestimada.”

Quase 20 anos depois, essa afirmação permanece verdadeira. O que devemos atualizar são os exemplos.

No livro, escrito em 2005, a grande referência em branding sonoro é a Intel. O autor destacou a marca como “a empresa com uso de som mais claro, mais característico, consistente e memorável”.

O que foi verdade durante muito tempo - quem teve PCs com processador Intel consegue lembrar do som ao ligar o computador. Mas hoje, o topo do pódio quando o assunto é uma marca com som mais característico, consistente e memorável pertence à Netflix.

Primeiramente, pela consistência ao soar o “Tudum” junto ao logo sempre que entramos no aplicativo, mas também em todos os trailers e todas as campanhas de comunicação.

Segundo, pelas derivações criativas desse asset, como transformá-lo em funk (e coreografia) quando a marca chegou ao TikTok, e também numa plataforma para os fãs, que virou evento, almanaque impresso e um blog cheio de curiosidades.

E terceiro, por assumi-lo não só como a identificação de um produto, mas como o último som que você ouve antes de uma grande história começar:

A Netflix já vinha trilhando o seu caminho pelo branding sensorial com muita criatividade, mas essa campanha da Netflix Itália é, para mim, o novo grande exemplo dessa estratégia.

Uma estratégia antiga, mas que volta a ganhar relevância e merecia uma referência contemporânea, moderna e multicanal.

Só uma marca com muita conexão emocional para resumir um roteiro inteiro, e também inúmeras memórias e o grande valor na sua experiência, em uma só palavra:

Tudum.


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⭐ Momento de Inspiração

Enquanto muitas marcas só querem saber de metaverso, o Salesforce chamou o Matthew McConaughey para focar na Terra. Para uma empresa feita para facilitar relações B2B, tem muito a ser feito pelas relações no mundo real. O vídeo, feito para o Superbowl, é de fato um manifesto para todos aqueles que são #TeamEarth.

Outros destaques do Superbowl para inspiração:

  • Coinbase e o simples porém muito eficaz QR-Code na tela, em meio à super produções e celebridades mil.

  • Uber Eats e o jeito cheio de trocadilhos de mostrar que nem tudo que o Uber Eats entrega é pra comer.


⌛ #tbt

Celebridades embaixadoras

Essa semana a Mondial apresentou Juliette como “nova Head de Inovação”. O que pareceu mais um movimento para usar a imagem da ex-BBB de um jeito diferente de tantas marcas que a tem como embaixadora, do que algo com relevância real para o negócio ou para os clientes.

Quando a Anitta assumiu uma posição no board do Nubank, exploramos essa tendência:

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Previously on.. #130 | Três anos em três frases #131 | Orgulho (ou surto?) cringe Tempo de leitura: 5 minutos Se 2020 foi o ano em que as marcas se humanizaram através de pessoas virtuais, personagens criados especificamente para representá-las, 2021 ainda está na metade mas já é o ano em que as marcas têm se humanizado através de pessoas reais…
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a year ago · 8 likes · Beatriz Guarezi

Troca de abas

Ainda sobre o Superbowl:

  • Esse apanhado da AdWeek que tem todos os anúncios reunidos, pra quem não quer perder nada;

  • Essa análise do Rohit Bhargava do ponto de vista de estratégia de marketing

NFTs e futebol. Muito bom esse relato sobre as diferentes iniciativas que o Atlético Mineiro testou nos últimos tempos, para engajar torcedores no mercado dos “bens virtuais”. Zero glamourização e muitas referências.

24h no Metaverso. A jornalista Joanna Stern pegou seus Oculus VR, um ambiente tranquilo, e fez todas as suas atividades do dia no metaverso como ele é hoje. Um choque de realidade bem-vindo pra quem acha que abrir loja virual é ~urgente.

Puro suco de Brasil. É isso que o aplicativo Kwai, o concorrente do TikTok, quer representar. Ele já tem mais de 45 milhões de usuários por aqui, 40% destes com mais de 30 anos. O que é causa e consequência do humor “A Praça é Nossa” que rola por lá, segundo reportagem da Folha.

O pop dos anos 2000 ainda vive. Esse artigo explica por quê tantas referências de cultura pop da nossa época ainda se fazem presentes. O Halftime do Superbowl, inclusive, foi direto para essa lista. A gente ficou muito feliz e se sentiu muito velho tudo ao mesmo tempo:

Twitter avatar for @rodgerRodger Sherman @rodger
everybody born between 1985 and 1995 saw the Super Bowl halftime show lineup and was like “sweet, instead of doing a show for old people like the Rolling Stones or Paul McCartney or The Who they did one for us young people” and then 10 seconds later it hit us

February 13th 2022

21,819 Retweets181,615 Likes

👩🏻‍💻 Dica da Bia

Uma aula sobre influência

Se no início desse ano eu estava me perguntando “quem é Casimiro?”, depois de semanas assistindo BBB e até o documentário do Neymar com ele, já me considero ~Casimirer.

Esse vídeo dele lendo em voz alta uma matéria sobre o seu sucesso (para a qual ele não deu entrevista simplesmente porque não quis), e refletindo com seus milhares de seguidores sobre por que ele faz o que faz, o que passa longe da busca pela fama, é muito fascinante.

Tanto influenciador que não tem a metade do carisma e da comunidade que ele tem se achando celebridade por onde passa…

Vale muito a pena assistir.


obrigada por ler até o final, e não esqueça de compartilhar :)

👩🏻‍💻 curadoria e textos por Beatriz Guarezi. estrategista de marcas, curadora de conteúdo e escritora de e-mails.

📚 se você está em busca da próxima leitura, confira a Biblioteca Bits to Brands, com indicações de livros em desenvolvimento pessoal, ficção, marketing e tecnologia.

📩 essa é uma newsletter semanal sobre tendências de tecnologia e comportamento para marcas. se você aproveitou essa edição e ainda não assina, receba por e-mail:

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