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#131 | Orgulho (ou surto?) cringe
#132 | Uma celebridade para chamar de sua
Tempo de leitura: 4 minutos (+4 minutos de vídeo)
Essa é a parte 2 de uma tendência que a gente começou a acompanhar em novembro do ano passado, na edição #108, quando o Instagram substituiu a seção de “likes” no aplicativo por uma página de compras.
Na época, comentamos:
Agora é oficial: o lugar de postar fotos e interagir está virando lugar de vender. Vender produtos e também vender a si mesmo, trabalhando bem a sua marca pessoal para se mostrar especialista, consultor, produtor de conteúdo, guru (ou todas as anteriores) em algo.
A plataforma virou um shopping de produtos e de conteúdos, com milhões de pessoas e marcas adaptando fórmulas para driblar os algoritmos e fazer com que você clique no tal ~link na bio.
Ou seja, já estava claro que o app não era mais um lugar para postar fotos com filtro sépia e interagir com os amigos. Aí essa semana veio o anúncio: “o Instagram não é mais um aplicativo de fotos”. E com ele, um estado de choque e indignação que se espalhou rápido.
Muito sensacionalismo? Sem dúvidas. Mas também uma confusão genuína em volta do que o Instagram pretende ser de fato. E como nós, nossas vidas e nossos negócios nos encaixamos nessa história.
Porque aparentemente a atual grande briga do Instagram é com o TikTok. Por isso, o seu algoritmo vai passar a favorecer conteúdos em vídeo, e há inclusive um incentivo para que eles sejam “criativos”.
Só que talvez ser uma plataforma de vendas e ser um aplicativo de conteúdo dinâmico, espontâneo e criativo demande tipos de conteúdo diferentes, e que não coexistem tão facilmente.
O resultado são vídeos curtos, sim, com trilha sonora, sim, às vezes até coreografias. Mas aí as pessoas começam a apontar no ar palavras corporativas, porque precisam relacionar o formato do momento ao seu produto ou serviço, já que se acostumaram a operar na lógica da vitrine.
Não é à toa que estamos confusos.
A análise dessa semana está disponível também em vídeo, e você pode assistir aqui:
“Mas e agora, o que acontece?”
Esse é o chacoalhão perfeito para muitos criadores e marcas mudarem de vez o jeito de pensar sobre conteúdo e redes sociais. Que deve ser menos sobre canais e fórmulas, e mais sobre comunidade e valor.
Uma comunidade de 100 pessoas, engajada, presente e que vê valor no seu conteúdo, pode valer muito mais do que a busca por alcançar 10.000 pessoas sob as regras de um algoritmo que muda o tempo todo.
Para se aprofundar nesse tema, recomendo o artigo 100 True Fans.
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Momento de Inspiração
Se 2021 fosse uma campanha de marketing, acho que seria essa aqui. Tem varejo, pessoa virtual, celebridade embaixadora, coreografia pronta pra ir pro TikTok e propaganda que se confunde com entretenimento. Fora a música que não vai sair da sua cabeça tão cedo, e a produção nível Anitta.
Vale acompanhar também as outras ações do Magalu na sua chegada ao Rio de Janeiro - de bicicletas espalhadas pela cidade ao Cristo Redentor iluminado de azul. Ouso dizer que é a melhor ação do ano.
Caixa de Perguntas
Um espaço pra opinar mais livremente, falar mais da minha experiência, o que tem por trás da Bits e, claro, como eu posso ajudar por aí. Deixe aqui neste link sua pergunta sobre construção de marca, uma tendência recente, sobre newsletter ou estratégia de conteúdo, que toda semana uma delas será respondida :)
O que fazer quando seu perfil comercial ou de criação de conteúdo é completamente sabotado pelo algoritmo do Instagram? (me refiro a tipo ter 100 mil seguidores em um perfil de criação de conteúdo etc e ter um alcance de só 3 mil pessoas)
Infelizmente, a ideia de atingir todos os seus seguidores é uma ilusão cada vez maior - e a confusão dos últimos dias só evidenciou o quanto tantos criadores têm sofrido com isso.
Em uma análise bem superficial e generalista, eu pensaria em como você pode envolver da melhor maneira possível essas pessoas que acompanham o seu conteúdo, construindo uma comunidade verdadeiramente engajada, mesmo que menor.
Além disso, a diversificação se mostra cada vez mais importante. A gente fala disso há tempo, mas nunca foi tão real: não dá pra apostar todas as fichas em um canal ou um algoritmo só.
Como diz a mestre:
Das minhas abas para as suas
Ultravioleta. O Nubank fez um mega evento virtual para lançar o seu novo cartão. Digno de big tech gringa e com design certamente inspirado na Apple, além de um "de frente com Anitta” liderado pela Cris Junqueira, oficializando a relação celebridade-marca. Ainda nesse tema, uma das coisas mais legais sobre o evento foi o time de embaixadores e como eles interagiram com o lançamento.
TikTok x Kwai. Uma análise sobre a estratégia de aquisição das plataformas, pautada em recompensas financeiras por indicações, e da competição agressiva que vem se formando no Brasil.
Um público cada vez mais forte de produtos de skin care: adolescentes. “Não estou fazendo isso pela sociedade, é mais por mim. Eu não gosto de rugas.” - disse uma garota que ainda está no colégio. Essa análise é tão impressionante quanto surreal.
“Big tech becomes big health”. Enquanto no universo do conteúdo a disputa é em torno de vídeo, Amazon e Google estão desenvolvendo cada vez mais features na área médica e de saúde pessoal. O Google, inclusive, está usando inteligência artificial para ajudar a identificar o que você tem na pele:
Final notes
Atenção, essa é a última chamada: hoje tem Masterclass!
Vamos falar de Posicionamento, explorando conceitos, exemplos e frameworks, com foco nas principais definições estratégicas: mercado de referência, público alvo, diferenciais e reasons to believe.
O valor também inclui um e-book sobre estratégias de diferenciação. É hoje às 18:30, e as inscrições ficam abertas até meio dia. Vamos? :)
Inscreva-se em: bitstobrands.com/masterclass
-Beatriz
PS: para falar direto comigo, use o botão “responder”, ou escreva para beatriz@bitstobrands.com
obrigada por ler até o final, e não esqueça de compartilhar :)
👩🏻💻 curadoria e textos por Beatriz Guarezi. estrategista de marcas, curadora de conteúdo e escritora de e-mails.
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