nas edições anteriores
#231 | Os melhores comerciais do Super Bowl
#232 | Uma nova relação com o trabalho
tempo de leitura: 6 minutos
para entender
💡
SXSW.
Quatro letras que são sigla de “South by South West”. Que é o nome de um festival de música, inovação, cultura e entretenimento que acontece na cidade de Austin, Texas, desde 1987 (!!!). E que se tornou o grande ponto de encontro das tendências, referências e atualizações do mercado de comunicação.
Isso é o que o torna pauta frequente da Bits, desde 2019. Sempre na melhor cobertura à distância que uma jovem profissional consegue proporcionar aos seus colegas.
Até que as voltas que a vida dá a trazem para Austin, para descobrir que as quatro letras que representam este festival, são outras.
FOMO.
Sigla de “Fear of Missing Out”, ou “medo de ficar de fora”. A sensação de que tem sempre muito mais coisas acontecendo do que a gente dá conta de acompanhar. A ansiedade de estar perdendo algo, que muitas vezes atrapalha a presença onde se está de fato.
É certamente o termo mais utilizado para se referir ao SXSW, e vai ganhando sentido conforme a preparação acontece.
São milhares de eventos em dez dias, de shows a filmes, além de palestras, paineis e workshops. E não há qualquer receio de colocar duas pessoas ou temas muito interessantes exatamente no mesmo horário. Ou três. Ou seis.
Falando em interessante, vale observar como o festival navega entre o presente e o futuro. Há conversas sobre viagens ao espaço, o futuro da medicina e computação quântica. Mas também uma trilha inteira sobre creator economy, diversos podcasts sendo gravados ao vivo e, claro, inteligência artificial.
E por mais que a sigla “IA” seja tão frequente na programação quanto em qualquer outro evento, aqui ela disputa espaço com questões humanas atemporais.
Longevidade, solidão, felicidade, espiritualidade, saúde mental, empatia, comunicação assertiva, autoestima… As conversas que precisamos seguir tendo, justamente por causa dos avanços da tecnologia - e não apesar deles.
Entre o passado e o futuro, o humano e o tecnológico e tudo ao mesmo tempo em todo lugar: o SXSW começa amanhã.
Dentro dos limites das leis da física, mas com toda atenção e cuidado na agenda (além da ajuda dos especialistas do oclb), espero ver pessoalmente alguns dos nossos ídolos, e fazer boas descobertas pelo caminho.
A curadoria segue o filtro da Bits: explorar temas no encontro de branding, tecnologia e comportamento, além de equilibrar atualização profissional com simples curiosidade e sempre tentar sair um pouco da bolha.
A lista inclui Scott Galloway, Kara Swisher, Brené Brown, Esther Perel, Tim Ferriss, John Maeda, Jack Conte, Selena Gomez, Amy Webb, Mayim Bialik, Alex Cooper, além de pessoas por trás de marcas como Tinder, ChatGPT, Stanley 1913, Accenture Song e MIT Technology Review.
Para ajudar a montar outras programações por aí, tem 15 dicas com título e horários nesse post:
Estar na presença de alguns desses nomes já é o suficiente para colocar o SXSW na lista de desejos de muita gente.
Por aqui, escolhendo ser bem eu mesma neste espaço que a gente compartilha, o FOMO divide espaço com todas as emoções de um sonho realizado.
Desde que eu descobri que as pessoas vão “a trabalho” para o festival, eu aguardava o momento em que a empresa que eu trabalho me mandaria para lá. Uma marca grande o suficiente, ou me tornar senior o suficiente, ou “fazer por merecer” o suficiente.
Eis que estou fechando esse texto na beira do Colorado River, porque a Bits é a “empresa que eu trabalho”.
Uma marca que tem tamanho suficiente pra ocupar a rotina de milhares de pessoas. Onde eu sou a fundadora mas me sinto mesmo uma grande anfitriã, de um espaço onde “merecer” é fazer valer a atenção de cada um.
E para valorizar e agradecer tudo isso, aguarde uma cobertura completa. Rica em conteúdo e insights, mas também em emoção e entusiasmo. Um pouco de tendências, um pouco de Disney.
Resumida na sua caixa de entrada, e em detalhes, em tempo real no Instagram.
Vamos juntos?
para inspirar
✨
Não, não é um podcast. É um filme sem imagens. A Mastercard, em parceria com o banco australiano Westpac, produziu o longa Touch para que as pessoas vivenciem uma narrativa que não é baseada na visão. E faz refletir sobre por que mais experiências não estão explorando outros sentidos para serem mais inclusivas. Vale muito conferir o case completo.
para fazer parte da conversa
💬
Esgotou mesmo.
Hailey Bieber é a maior representante de uma nova era de “trends”. Ela as lança sem querer, apenas existindo e se maquiando e se vestindo de uma certa forma até que alguém dê um nome para isso (a “tomato girl summer”, as “glazed donut nails”…). E lança também intencionalmente. Como um case de celular que cabe exatamente o gloss da sua marca, Rhode. Na última semana, sua pré-venda durou minutos. Sendo que todo mundo que comprou só vai receber em abril.
Uma aula de como fabricar, monetizar e prolongar um hype.
Por que esse produto é uma “masterclass em TikTok” [link]
E um carrossel para entender (e compartilhar) esse case:
_
Você tem 5 minutos, um estádio inteiro e o David Beckham.
O que você faz?
Claro que não foi exatamente assim que as pessoas por trás da Lay's produziram o anúncio que viralizou essa semana. Mas eles de fato tiveram que filmar ao vivo, no estádio, num intervalo de cinco minutos. A “Chip Cam” no estádio foi real - e tinha até um roteiro pronto caso eles não encontrassem ninguém ali na hora.
Outros requisitos eram: encaixar na agenda do Beckham e do Thierry Henry, ser um jogo na Europa que fizesse sentido para os dois e, claro, o estádio tinha que ter Lay's à venda.
Artigo da AdAge que conta mais sobre o processo (com paywall) [link]
Assista ao resultado final [link]
para ler com calma
📄
A cultura da dopamina - e como se livrar dela [link]
O nosso vício coletivo em telas não é novidade, mas esse artigo do Ted Gioia traz dicas fora do comum. E a assustadora afirmação de que “as maiores empresas do mundo estão investindo bilhões em promover e acelerar o uso compulsivo das suas tecnologias. Das dez maiores empresas do mundo, metade delas estão tentando criar uma relação de vício em tecnologia”.
Em 2022, eu fiz um TEDx exatamente sobre isso:
_
Mais uma para o glossário dos novos tempos: solastagia [link]
“Criado em 2005 pelo filósofo Glenn Albrecht, o termo tenta abarcar a angústia experimentada quando o lugar que a pessoa conhece e ama está sendo degradado ou alterado de maneira extrema. (…) A mineração a céu aberto na Austrália, por exemplo, modificou tanto certos horizontes, que motivou Glenn a analisar o sentimento daqueles que viviam ao redor das minas."
_
Todo mundo precisa ser uma marca? [link]
Segundo esse artigo da VOX, sim. Mesmo com a dinâmica acelerada das plataformas, a volatilidade das audiências, o tempo e esforço que uma pessoa que não trabalha diretamente com redes sociais precisa investir para entender as redes sociais… Está cada vez mais difícil ser low profile em qualquer profissão.
para quem a gente é fora do trabalho :)
👩🏻💻
Você tem ido ao cinema?
Neste domingo tem Oscar e, por aqui, essa temporada marcou um retorno oficial aos cinemas pós-pandemia. Um programa que sempre me fez muito bem, e o melhor tipo de “date comigo mesma”. Eu, um balde de pipoca para chamar de janta e uma tela bem grande pra vivenciar sozinha e acompanhada uma história.
(aqui a gente romantiza a vida muito antes de ser "trend” no TikTok)
Do frenesi cor-de-rosa do filme da Barbie à introspecção coletiva de Vidas Passadas, é bom lembrar do que a tecnologia não consegue substituir.
Recomendo.
para mais conteúdo
📚
Siga a Bits no Instagram [link]
Confira uma seleção de livros na nossa biblioteca [link]
Conheça a nossa sala de aula [link]
Contrate uma palestra ou workshop para o seu evento ou equipe [link]
Assine essa newsletter, caso não tenha recebido por e-mail :)
para dar um tchau
👋🏼
A edição de hoje chega até você diretamente de Austin, em um Starbucks que fica dentro do hotel (dentro. do. hotel.), entre digitar as últimas palavras e garantir um “fast pass” para a palestra do John Maeda, antes de ir passear pela cidade e retirar a credencial para o evento.
Disney.
- Bia
" Desde que eu descobri que as pessoas vão “a trabalho” para o festival, eu aguardava o momento em que a empresa que eu trabalho me mandaria para lá. Uma marca grande o suficiente, ou me tornar senior o suficiente, ou “fazer por merecer” o suficiente.
Eis que estou fechando esse texto na beira do Colorado River, porque a Bits é a “empresa que eu trabalho”.
isso aqui foi de arrepiar! lindo demais! parabéns Beaa
eu fico com os olhinhos brilhando acompanhando tudo e
essa news, noss... imagina o que não vem por aí!
simplesmente viciado nessa news