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#175 | O Instagram acabou (parte 2)
#176 | Pocket
Tempo de leitura: 6 minutos
Tudo começou com uma proposta de parceria. Que evoluiu para um tema que eu sempre quis abordar. Que virou uma crônica sobre blogs. Aí começaram a surgir aqui e ali referências aos anos 90/2000 e quando dei por mim, tinha reunido tudo em uma edição só e criado um “especial nostalgia". Espero que essa Bits te desperte boas lembranças, como fez para mim :)
- Beatriz
(para falar comigo ou anunciar na Bits, responda esse e-mail ou escreva para beatriz@bitstobrands.com)
A gente fala tanto de redes sociais, algoritmos, alcance, engajamento, postar na hora X, em gravar vídeos e escrever legendas, que parece que foi sempre assim.
Mas eu gosto de lembrar de uma outra internet.
Uma internet mais antiga, nem sei se todos aqui participaram. Mais limitada em diversos aspectos, mas também mais tranquila e, a seu modo, infinita em possibilidades.
Era uma vez uma internet feita de um post por dia, com título, texto e imagens para ilustrar. Imagens que eram do Google, ou baixadas de uma câmera digital ao conectá-la ao computador por um cabo USB.
Era uma vez uma internet sem feed, em que o seguir alguém era feito de digitar “www, ponto” e o nome daquela pessoa ou da sua página. Todo dia. Às vezes mais de uma vez por dia.
Por exemplo, se num dia tinha abertura de uma novela, início de um novo BBB ou uma premiação tipo VMB, no dia seguinte era certo que iríamos passar a manhã “dando F5” no Morri de Sunga Branca para ver a “Escala de Ódio” ou “O Que Teve?”.
Ou se você era fã das “blogueiras” e de acompanhar seu dia a dia e looks, você entrava mais de uma vez por dia para ver se tinha post novo da Lala Rugde, por exemplo.
Era uma vez uma internet feita de blogs. Um período onde a gente tinha que ir até o endereço virtual de quem queria encontrar, onde a gente se expressava por escrito e onde todo mundo tinha a sua própria URL.
Essa internet foi alicerce da cultura da influência em que vivemos até hoje, e muita gente colhe os frutos que começou a plantar lá atrás.
Lala Rudge, muito antes dos milhões de seguidores no Instagram, compartilhava dicas diariamente com suas “bloguetes”. Julia Petit começou a construir sua imagem e credibilidade no universo da beleza através do seu blog, Petiscos.
Isso sem falar dos blogs corporativos, ferramentas de marketing importantíssimas para empresas até hoje - que geralmente estão por trás das estratégias de SEO e inbound marketing, por exemplo.
Era uma vez uma internet onde muita gente escrevia e tantos outros paravam para ler. Sem ninguém ser atropelado por vídeos, mídias ou músicas.
Era uma vez uma internet tão distante quanto próxima - essa dos blogs.
Distante na qualidade das imagens e na quantidade de dados compartilhados por vez.
Mas cada vez mais próxima, quanto mais a gente preza por criar espaços próprios na internet, sem influência de algoritmos e sem ficar refém do desempenho das plataformas.
Mais próxima, quanto mais a gente gostaria de criar e consumir conteúdo que durasse mais e que fosse fácil de categorizar e encontrar.
Uma internet cada vez mais próxima, quanto mais a gente se enche de nostalgia por tempos mais simples e pela sensação de descoberta de novas formas de interagir e se expressar.
A edição de hoje é um oferecimento da Hostinger, a plataforma de host para você publicar seu blog em poucos cliques e garantir um endereço único e próprio na internet.
A Hostinger é otimizada para WordPress, tem suporte 24h, painel de controle amigável, 30 dias de garantia de reembolso e mais - tudo isso com ótimo custo benefício.
Assinantes da Bits to Brands podem aproveitar o cupom BITSTOBRANDS para adquirir planos de hospedagem de 12 meses com desconto pelo link:
⭐ Momento de Inspiração
A última campanha do Spotify no Brasil, feita em parceria com artistas visuais do mundo todo, é totalmente diferente do que estamos acostumados a ver no intervalo da TV aberta. Mas quem viveu a época das vinhetas da MTV já viu algo assim antes.
Não posso afirmar que o resgate foi proposital, até porque o público alvo é a geração Z, mas fica a feliz coincidência, especialmente se tratando de uma plataforma de música.
Troca de abas
Falando em vinhetas, o perfil A MTV que Deu Certo, um Instagram que resgata grandes momentos dos nossos programas e VJs favoritos, é nostalgia certa. Eu não perdia um Beija Sapo e assistia Disk MTV todos os dias. Bons tempos!
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E falando em nostalgia, algumas referências interessantes sobre esse tema:
A edição 154 da Bits to Brands, em que exploramos o que está por trás dessa tendência;
Da FastCompany, como as marcas estão apelando para a nostalgia para conquistar a geração Z;
A mistura do antigo com o novo, na tendência que o TikTok batizou de “Nowstalgia” - uma “nostalgia invertida”.
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Em uma era digital, qual o papel das revistas? É o que esse artigo tenta responder, refletindo sobre como “revistas são um antídoto para o excesso de informação, uma forma de mídia que contém uma quantidade finita de conteúdo, liberando quem lê da tarefa árdua do que consumir no seu tempo limitado” (newsletters, também ♡).
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O tempo gasto em ligações de celular diminuiu pela primeira vez na história. Não é que a gente não gosta de falar, a gente ainda manda muitos áudios. Mas o que esse artigo discute é a perda da espontaneidade e exposição ao falar “ao vivo” com o outro. Um áudio dá pra apagar e gravar de novo até ficar perfeito…
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A volta do Kichute. Agora de volta aos anos 80, duas marcas nostálgicas estão voltando ao mercado - com direito a e-commerce e NFT, como parte de um projeto chamado “A Sociedade das Marcas Imortais”. Belíssimo naming.
👩🏻💻 Dica Pedido da Bia
Menos de um minuto do seu tempo
Em mais uma surpresa incrível de 2022, eu fui nomeada para o prêmio Women that Build 2022, da Globant, na categoria Techfluencer, ou seja, “mulheres criativas, de tecnologia ou não, que promovem conteúdos sobre tech, design e inovação”.
Só de estar entre tantas mulheres sensacionais já é uma honra e uma validação sem tamanho desses quatro anos de Bits to Brands.
Quatro anos de quase 180 edições, mais de 20 mil assinantes, mais de 500 alunos, pessoas que tiveram ideias, arrumaram empregos, leram bons livros, conheceram outras referências, começaram suas próprias newsletters, mudaram de carreira…
Muita coisa bonita e especial surgiu a partir da Bits, principalmente na minha vida, mas não só. Premiar e reconhecer essa trajetória num fórum global seria maravilhoso.
Para isso, eu preciso de menos de um minuto do seu tempo. É só votar aqui no link:
E depois comentar e compartilhar esse post lá no LinkedIn e dar uma força pra essa campanha. Muito obrigada :)
obrigada por ler até o final, e não esqueça de compartilhar :)
👩🏻💻 curadoria e textos por Beatriz Guarezi. estrategista de marcas, curadora de conteúdo e escritora de e-mails.
📚 se você está em busca da próxima leitura, confira a Biblioteca Bits to Brands, com indicações de livros em desenvolvimento pessoal, ficção, marketing e tecnologia.
Estava fazendo uma limpa, deletando perfis do iMac da empresa e subindo arquivos para o Drive. Então resolvi "navegar na internet" no modo anônimo, enquanto o Chrome estava logado na conta corporativa. Simplesmente vc não tem pra onde ir. Tudo pede login, inclusive Youtube. É... saudades da internet quando era mais lenta. Em todos os aspectos.
News incrível, Bia. Fico sempre inspirada pelo seu conteúdo. Parabéns <3