Domingo tem Copa. E hoje, na Bits, também. Como parte de um clima que começa a se instalar, através das marcas, das redes sociais e das conversas com os amigos… Um que mesmo num ano tão atribulado, vem vindo inconfundível como a cada quatro anos - seja você um fã de futebol ou não. Tá sentindo daí? :)
- Beatriz
(para falar comigo ou anunciar na Bits, responda esse e-mail ou escreva para beatriz@bitstobrands.com)
Daqui a alguns dias tem Copa do Mundo.
Nesse ano em que tanta coisa já aconteceu, mas ainda tem um dos maiores eventos do mundo por vir - sem contar a Black Friday, o Natal, o fim do Twitter e outros possíveis eventos que a gente ainda vai presenciar nesse tsunami de acontecimentos:
Essa não é uma newsletter sobre esportes, e nem tem a pretensão de ser. Particularmente, o meu interesse sobre futebol aflora uma vez a cada quatro anos.
Mas não dá para não falar dessa Copa do Mundo. Para além da sua interferência direta na vida de 3 em cada 4 brasileiros (ah, o País do Futebol), há o quanto ela impacta e é impactada pela maneira que a gente se comunica e interage - entre si, e com as marcas.
Essa é a primeira Copa pós-TikTok. O que certamente vai determinar o jeito que vamos acompanhar e compartilhar os momentos e os memes. Isso sem contar no nível de incerteza em relação ao Twitter, que movimenta boa parte da criação de conteúdo em tempo real e pode mudar a qualquer momento nas próximas semanas.
Essa é a primeira Copa pós-pandemia. Talvez o momento perfeito para oficializarmos as casas cheias, os bares lotados, o calor humano e os abraços sem medo como o “atual normal”, dando adeus para qualquer resquício de um “novo normal” mais digital do que físico que se previa em 2020. Talvez essa seja a minha maior torcida nesse momento.
Essa é a primeira Copa pós-Casimiro. No caso, a primeira Copa depois dele se tornar um dos maiores influenciadores do Brasil e carregar a atenção de milhares de pessoas cada vez que abre uma live para falar… de tudo e de nenhum assunto específico. Na última edição, falamos sobre como nessa Copa ele vai ser uma das emissoras oficiais, num movimento que diz muito sobre o futuro da internet e da influência.
E essa é a primeira Copa pós-eleições em muito tempo. O que deve ter um papel importante em ressignificar símbolos como a camisa verde amarela, e em reaproximar amigos e familiares em torno de uma conquista em comum. E também é um desafio para as marcas que precisaram comunicar orgulho nacional em meio à polarização.
Entre o conflito com a maior data promocional do mundo, as eleições e toda a controvérsia em torno da escolha do Qatar como sede, talvez essa tenha sido a Copa que mais exigiu criatividade das marcas.
Seja para passar ilesas em busca do engajamento, seja para reforçar seus posicionamentos através de algum desses temas.
Alguns exemplos:
A Pantone e a Stop Homofobia foram atrás dos códigos das cores para contornar a proibição de bandeiras LGBTQIA+
O Guaraná foi “buscar” o Canarinho Pistolaem outras Copas, como um dos símbolos nacionais favoritos da internet.
A Budweiser compôs uma música com Mano Brown e outros artistas especialmente para o evento, para enaltecer as conquistas dos brasileiros.
A Brahma convidou o Galvão Bueno para relembrar o significado da camisa amarela - que é de toda a torcida.
O TikTok também contou com o Galvão, numa ação que amarrou comunicação, produto e oportunidade - colocando a voz do narrador como opção para narrar qualquer coisa em vídeos do TikTok. Os exemplos estão simplesmente maravilhosos.
Se a Copa do Mundo é parte da vida dos brasileiros, as marcas fazem a sua parte ao despertar e refletir esse espírito através da sua comunicação e produtos.
Com cada vez mais criatividade, conforme o contexto e os consumidores ficam cada vez mais complexos. Mas sem perder de vista a sensação única que nos une e empolga praticamente da mesma forma, há tantos anos, a cada quatro anos.
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PS: Se você usa Google Calendar e ainda não tem todos os jogos da Copa em forma de compromisso no seu calendário (com um clique), assiste esse vídeo que eu te ensino como (e por que) fazer isso, e depois é só baixar o arquivo aqui nesse tweet.
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Tem marca que vai até o Qatar, tem marca que acompanha de longe, e tem marca que encontra outras soluções. O Duolingo fez uma parceria com o Qatar F.C. - um time de futebol amador de Itaguaí, RJ, para entrar na conversa de um jeito único e muito criativo.
Segundo a marca, “além de providenciar novos uniformes para o Qatar F.C., o Duolingo se responsabilizará pelo aluguel do campo de futebol por um ano, doará equipamentos esportivos e oferecerá assinaturas do Super Duolingo para toda a equipe, diretoria e seus familiares. Mas tudo isso com a condição de que todos mantenham as suas ofensivas – dias seguidos que os alunos fazem as lições na plataforma – atualizadas.”
O lançamento do Twitter Blue foi um caos completo. Como já era de se imaginar, as pessoas usaram seus selos de verificado comprados para fingir que eram contas verificadas de fato. Sobrou para políticos, celebridades, marcas e até para o próprio Twitter:
Num dos principais episódios, a empresa Eli Lilly and Co chegou a despencar em valor de mercado, depois de um tweet fake ter reacendido uma discussão sobre o valor da insulina.
O serviço logo foi suspenso, e o futuro da plataforma é incerto conforme bugs começam a aparecer e os times de tecnologia estão sobrecarregados após as demissões em massa.
“O físico tem o efeito maravilhoso de materializar mesmo a mais fantasiosa das narrativas. Mas serviços digitais, como o Twitter, construídos em forma de software infinitamente maleável, no fim do dia são sobre pessoas e como elas interagem umas com as outras. O paradoxo é que isso torna as narrativas muito mais atrativas, mesmo que, ou especialmente se elas estiverem erradas.”
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A geração Z vai salvar o mundo? De acordo com o novo estudo da Consumoteca, não. Tem vídeo, ebook e até uma temporada de podcasts dedicados a discutir a Gen Z latina em todas as suas particularidades - como consomem, como se enxergam, como se relacionam.
A dica de hoje é uma newsletter que também é evento - ou um evento que também é newsletter? :) Seja como for, o Sh*ft é uma plataforma de conteúdo sobre criatividade, tecnologia e tendências, com newsletter que chega na caixa de entrada cheia de links (assine aqui) e com umevento anual cuja próxima edição acontece dia 03 de dezembro em Joinville, SC.
Eu vou participar de um painel sobre o futuro das redes sociais com Rodrigo Ghedin, do Manual do Usuário, e o line-up como um todo tá bem legal. Para ter 30% de desconto no ingresso, use o cupom EUVOUNOSHIFT.
👩🏻💻 Dica da Bia
Bia, manda os slides?
Ainda sobre o último RD Summit, muita gente tem mandado mensagem pedindo acesso aos slides da palestra Love Brands.
Disponibilizei eles para quem quiser conferir aqui nesse link. :)
Além disso, gravei um episódio do Trendcast, da Agência de Bolso, com Galileu Nogueira e Vinicius Gambeta, sobre os bastidores da nossa experiência no evento. Expectativas, histórico, preparação e muitas risadas. Segue também, pra quem quiser sentar nessa mesa com a gente:
obrigada por ler até o final, e não esqueça de compartilhar :)
👩🏻💻 curadoria e textos por Beatriz Guarezi. estrategista de marcas, curadora de conteúdo e escritora de e-mails.
📚 se você está em busca da próxima leitura, confira a Biblioteca Bits to Brands, com indicações de livros em desenvolvimento pessoal, ficção, marketing e tecnologia.
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