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#133 | O futuro do Instagram (parte 2)
#134 | O poder dos fandoms
Tempo de leitura: 5 minutos
Amanhã acontece a abertura das Olimpíadas de 2020 (só que em 2021). Talvez por não ser muito ligada a esportes, talvez pelo clima estranho e toda a controvérsia dos Jogos por causa da pandemia, talvez pelo isolamento social e a falta de interação sobre o assunto, não estava sentindo empolgação.
Mas tudo isso mudou quando eu descobri diversos atletas fazendo a cobertura completa da sua chegada à Tokyo, da sua expectativa e da rotina na Vila Olímpica nos Stories. Com destaque, claro, para Douglas Souza.
Eu claramente não fui a única a descobri-lo. O jogador de vôlei ganhou quase 1 milhão de seguidores em pouco mais de 24h.
E aí você vai dizer “ah, claro, é porque as Olimpíadas estão aí”. Sim, mas em partes. Porque o carisma é tamanho que, mais do que estar sendo promovido por esse momento, ele está promovendo os Jogos e despertando uma torcida que estava adormecida em muita gente.
Muito se fala sobre o mercado da influência, e sobre como um influenciador não é quem se autodenomina dessa forma, acumula seguidores e tira fotos com produtos.
Exercer influência deve ser sobre inspirar, ensinar, entreter, compartilhar, informar.. Influenciar é despertar algo nas pessoas - e de preferência que seja algo positivo.
Por isso, acredito que muitos atletas vão voltar de Tokyo não só como medalhistas, mas como grandes influenciadores, conforme nos permitem acompanhar seu dia a dia, nos convidam a assistir as competições e mostram seus “eus” de forma tão autêntica e inspiradora.
As Olimpíadas 2016 já foram um enorme destaque nas redes sociais, mas em uma época que o Instagram ainda era uma rede social de fotos e a gente mal sabia o que era Stories, feature que foi lançada em agosto daquele ano.
Esse ano, com TikTok, Reels, IGVT, Stories e lives, a TV pode até ser onde a gente vai acompanhar as competições, mas é nas redes sociais que as Olimpíadas vão acontecer pra muita gente - através da personalidade e do olhar de atletas (e influenciadores) olímpicos.
Traz o ouro, e o engajamento :)
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Momento de Inspiração
Embalagens de Oreo que se disfarçam de outras coisas, para pais que querem ter um pacote de Oreo para si sem ter que dividir com as crianças. Muito útil também para irmãos e até para relacionamentos (quem nunca). Seja como for, é Oreo para adultos. E é sempre interessante ver estratégias que culminam em produto físico, não somente em comunicação.
Caixa de Perguntas
Um espaço pra opinar mais livremente, falar mais da minha experiência, o que tem por trás da Bits e, claro, como eu posso ajudar por aí. Deixe aqui neste link sua pergunta sobre construção de marca, uma tendência recente, sobre newsletter ou estratégia de conteúdo, que toda semana uma delas será respondida :)
A maioria das marcas quando tentam conversar com a Gen Z, ficam parecendo que estão forçando a barra, por justamente serem pessoas millennials produzindo aquele conteúdo. Nesse caso, não faria mais sentido trazer pessoas condizentes com essa geração para produzir um conteúdo especifico pra esse público?
Sem dúvidas. Mas acho que é mais complexo.
Primeiro porque a intergeracionalidade deve ser incentivada nas organizações, seja qual for o público alvo do produto. Assim, acredito que millennials ou Gen X são perfeitamente capazes de comunicar uma marca para a Geração Z. O que não significa que eles não precisem de novas perspectivas.
Aqui entra um entendimento profundo da audiência, pesquisas, consultoria e, sem dúvidas, co-criação junto a influenciadores e criadores dentro dessa faixa etária e/ou interagindo diretamente com ela. O que não faltam são ferramentas que permitem esse tipo de validação.
Mas não que precise tirar os millennials da sala, sabe? O mercado de comunicação já tem etarismo suficiente as is.
Das minhas abas para as suas
Já furou sua bolha hoje? Então esse artigo do UOL Tab sobre uma trend muito específica no TikTok pode ajudar. São as mulheres de presos. Elas usam de toda a linguagem da plataforma para ilustrar como é ser casada com alguém que está na cadeia, e se encontram e se ajudam no processo.
O Fleets acabou. Para quem não lembra, Fleets é o Stories do Twitter. Lançado, inclusive, numa época em que toda a plataforma precisava ser um pouco mais como o Snapchat. Mas no Twitter simplesmente não colou com a audiência. Isso me dá esperança de que o movimento atual rumo ao TikTok não é definitivo, e me faz perguntar por onde andam os Stories do LinkedIn e do Whatsap…
Mais um bilionário foi para o espaço. E esse artigo da Folha propõe a (extremamente necessária) discussão: será que é de bom tom? “Sem qualquer propósito científico, o capricho dos bilionários deliberadamente joga dinheiro para o espaço quando aqui ele é questão de vida ou morte, máscara ou contaminação, leito ou vacina, comida ou fome, trabalho ou miséria.”
O foguete em si é, por si só, um assunto, mas vou deixar apenas um tweet:
Marcas na TV aberta. Um debate atemporal é o da TV versus plataformas digitais. Tem gente que adora afirmar que a TV perdeu a relevância, mas o que temos visto ultimamente são as plataformas digitais recorrendo à TV aberta para ganhar visibilidade. Exemplos recentes são TikTok no Jornal Nacional, Magalu na Dança dos Famosos e, essa semana mesmo, Disney+ na Ana Maria Braga (!!!):
Dica para o fim de semana. O documentário Três Estranhos Idênticos, na Netflix, conta a história de trigêmeos que foram separados no nascimento e se reencontraram aos 19 anos. O que se segue é uma narrativa impecável, cheia de plot twists e que vai te deixar refletindo por dias.
Final notes
Comecei a semana completamente indiferente às Olimpíadas, agora estou pronta para torcer pelo Brasil em diversas modalidades. E para acompanhar tudo através da cobertura do Douglas, da Rayssa Leal e do jornalista Caio Braz. Influência só pode ser isso :)
A edição de hoje nasceu da troca com o grupo de Alunos Bits to Brands (depois das Masterclass a gente se encontra no Whatsapp!) e com os sempre participativos seguidores da Bits no Instagram.
Levar essas conversas para além da newsletter, e depois de volta pra cá, tem sido legal demais. Obrigada sempre!
-Beatriz
PS: para falar direto comigo, use o botão “responder”, ou escreva para beatriz@bitstobrands.com
obrigada por ler até o final, e não esqueça de compartilhar :)
👩🏻💻 curadoria e textos por Beatriz Guarezi. estrategista de marcas, curadora de conteúdo e escritora de e-mails.
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