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#207 | Uma questão de branding
#208 | Consistência de marca
Tempo de leitura: 7 minutos
Eu estava obcecada. Eu passava 80% do meu tempo falando sobre o fenômeno cultural e mercadológico que é o filme da Barbie, antes mesmo de ter estreado. E nos outros 20% eu torcia pra alguém falar sobre isso, pra eu falar um pouco mais. 😌
E também atualizei a nossa biblioteca, trouxe uma curadoria de conteúdo e várias dicas na edição de hoje. Mas não devo estar enganando ninguém - eu estava doida pra falar da Barbie!
- Beatriz
(para falar comigo, anunciar na Bits ou contratar uma palestra, responda esse e-mail ou escreva para beatriz@bitstobrands.com)
“A palavra ‘Barbie’ tem um reconhecimento global invejável, atingido somente por marcas como Coca-Cola. Desde o seu lançamento em 1959, ela tem sido um elemento da cultura, uma referência para ícones pop e sinônimo de um tom específico de rosa.” - TIME
Uma das maiores marcas do mundo está prestes a se tornar um dos maiores momentos do entretenimento. E várias outras marcas estão querendo fazer parte disso.
O que a trouxe até aqui?
A marca Barbie
Aos 64 anos de idade, a Barbie é certamente uma das marcas mais relevantes, reconhecíveis e amadas do mundo.
Mas quem a vê prestes a ser coroada como o grande evento na cultura pop do ano, dominando as conversas de cinema a marketing, ícone de estilo com mais de 400 milhões de views na hashtag #BarbieCore no TikTok, talvez não imagine que foi por pouco.
Em 2015 a Barbie enfrentava sua maior crise de imagem e vendas. Frente a críticas que iam de estereótipos de gênero a distorção de imagem, ela atingiu o menor volume de vendas em 25 anos.
Segundo o COO da Mattel, Richard Dickson, em entrevista para a The Drum, a sua evolução é “um estudo de caso em como marcas com legado são capazes de se reinventar”.
E essa reinvenção só foi possível porque ela aconteceu em vários aspectos da marca:
Baseada no propósito de “inspirar as oportunidades sem limites das garotas”, a Mattel precisou entender profundamente o contexto para deixar para trás qualquer percepção antiquada ou limitada da boneca;
Para que isso se refletisse em um produto verdadeiramente inclusivo, foram lançados 24 tons de pele diferentes, nove tipos de corpo e diversas profissões;
A Barbie segue sendo uma marca para crianças, sem deixar de cultivar conexão emocional através da nostalgia que inspira em outras gerações.
Nos últimos (quase) dez anos, a Barbie foi de ícone do passado para símbolo contemporâneo de imaginação e possibilidade, bem na intersecção que define uma love brand.
Por um lado, o respeito - ao levar a sério a evolução do seu produto, estratégia de negócios e associações de marca. Por outro lado, o amor - a clareza de propósito e resgate dos sentimentos que milhões de pessoas têm pela boneca icônica.
Sentimentos que afloram a cada novidade sobre o filme, e que diversas outras marcas querem pegar emprestados.
As marcas e a Barbie
“Não há um número oficial de colaborações com a marca Barbie mas, segundo a Mattel, são mais de 100 marcas participando deste momento pré-lançamento do filme. (…) De fast-fashion a alimentação e lojas de departamento, parece que quase todas as lojas querem embarcar no trem cor-de-rosa” - Modern Retail
Uma associação de marca ou “collab” é basicamente quando marcas diferentes criam produtos ou ofertas juntas.
Isso acontece quando existe afinidade de público entre marcas que criam algo para pessoas que as consomem em separado. Ou quando uma marca quer se conectar a uma nova audiência, e usa a credibilidade e imagem de outra que já é popular ali.
O momento cultural em torno da Barbie é um prato cheio para observar essa estratégia se desdobrar nos mais diversos segmentos.
Em alguns casos, o encontro é natural e poderia existir em qualquer contexto. Por exemplo, um esmalte “rosa Barbie” assinado pela O.P.I. ou uma coleção com peças adulto e infantil na GAP.
Mas o hype em volta do filme e a oportunidade de aproveitar a cultura do conforto como força de consumo tem levado todo tipo de marca a buscar a Barbie.
A marca de sapatos Aldo fez uma coleção para a Elle Woods que existe em você. A marca de decoração Ruggable fez uma coleção de tapetes. A marca de higiene bucal MOON criou uma escova de dentes elétrica.
(Veja diversos exemplos de collabs neste post aqui)
A produção do filme esgotou a tinta cor-de-rosa do mundo para materializar o universo da Barbie mas, com tantos produtos disponíveis, essa é uma realidade cada vez mais possível - tão nostálgica quanto lucrativa.
Para muito além das telas de cinema, do guarda-roupa à pia do banheiro, o mundo é da Barbie. Pelo menos, o mundo das marcas.
⭐ Momento de Inspiração
Em uma parceria com o Airbnb, a mansão da Barbie agora é real. E duas pessoas vão poder se hospedar nela através da plataforma. O anúncio já está disponível e é pensado nos mínimos detalhes - dos cômodos cor-de-rosa, ao perfil de anfitrião do Ken. Simplesmente genial.
patrocinada por Faster
Estudos comprovam: profissionais de marketing estão sobrecarregados com a criação de conteúdos visuais. Segundo uma pesquisa, mais de 50% deles gastam mais de 20 horas mensais criando peças de todo tipo.
Isso num mês “normal”. Mas imagina quando tem campanha? Ou quando acontece um rebranding?
A gente falou na última edição sobre como abrir mão da consistência de marca não é uma opção. Muito menos perder o timing. Mas sobrecarregar o time também não deveria ser.
É para isso que existe a Faster.
A Faster oferece design por assinatura para times de marketing. Você assina o plano, solicita, recebe, organiza e gerencia demandas criativas direto pela plataforma, pagando através de créditos ao longo dos meses.
É o suporte criativo que a sua marca precisa - mais rápido e fácil do que uma agência, com toda a qualidade de um time dedicado.
Faça como Nubank, Ambev, WeWork e Nike - e aproveite que assinantes da Bits to Brands têm direito a 10 créditos extras por 3 meses, é só usar o cupom BITSTOBRANDS:
Troca de abas
Insultos corporativos. Isso mesmo que você leu, e essa é a trend mais recente no TikTok. É tipo uma tecla SAP. Exemplo: Como falar corporativamente que é a milésima vez que aquela pessoa perguntou algo? “Acho que estamos tendo um ruído de comunicação porque essa informação já foi passada previamente”. O G1 traz mais detalhes.
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As palavras que a Apple não fala. E uma bela explicação do por quê:
Marcas pós-Inteligência Artificial. Este artigo descreve um “antes e depois” para as marcas em quatro pilares, a partir da revolução que a IA deve causar na sociedade:
“Acelerar quando for mais importante. Tratar cada transação como uma oportunidade de ajudar seu cliente de forma efetiva, não só eficiente. Ter um ponto de vista claro. Combinar e recombinar as coisas para criar algo mágico.”
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A importância das cores na construção de marca. O rosa-Barbie está aí para ilustrar, e este artigo do Hubspot explica em detalhes e exemplos por que você deve olhar com atenção para as cores.
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Por que colecionamos? Artigo interessante da Eat Your Nuts traz perfil e contexto histórico dos colecionadores. “A satisfação que o colecionador tem, não se trata do que ele coleciona. Trata-se do próprio processo de colecionar”.
Na mesma lógica de “sua marca é um hábito ou um ritual?", vale refletir se o seu produto é uma indulgência momentânea ou um item de colecionador.
💌 newsletter club
A dica dessa semana é a newsletter Marmitex, do Paulo Emediato. Pela curadoria eclética que sempre traz algo que vale a pena clicar, e por ter mencionado a Bits de forma extremamente generosa na sua última edição:
👩🏻💻 Dica da Bia
A sua próxima leitura
Eu não sei o que você está buscando agora. Se é um livro de ficção pra dar um alívio na rotina, um daqueles livros que não dá pra largar pra acompanhar uma viagem ou insights frescos e bem estruturados sobre construção de marca.
Mas eu aposto que vai encontrar aqui.
A Biblioteca Bits to Brands foi atualizada e agora reúne 57 títulos - organizados, categorizados, com recomendação personalizada e link para achar fácil na Amazon.
Como sempre, dedicada a todos que carregam livros por aí com carinho. ♡
obrigada por ler até o final, e não esqueça de compartilhar :)
👩🏻💻 curadoria e textos por Beatriz Guarezi. estrategista de marcas, curadora de conteúdo, escritora de e-mails e TEDx Speaker.
📚 se você está em busca da próxima leitura, confira a Biblioteca Bits to Brands, com indicações de livros em desenvolvimento pessoal, ficção, marketing e tecnologia.
Tem aí uma coisa que criadores de conteúdo podem se inspirar na Barbie: collabs.
Se tem uma coisa que traz grandes benefícios (além de ser divertido) é colaborar com outros criadores 😄