nas edições anteriores
#239 | Empatia artificial
#240 | Tudo personalizado
tempo de leitura: 6 minutos
para entender
💡
Podemos olhar para a inteligência artificial naquela lógica conhecida que começa com os “inovadores” e os “early adopters”, e vai até os "atrasados”.
Mas tem vezes que a curva de adoção mais parece uma espiral.
Novidades acontecem praticamente toda semana. Novas palavras surgem no vocabulário, novas features são lançadas, em algum evento em algum lugar tem sempre um painel discutindo “será que seremos substituídos?”.
E como se já não fosse difícil de acompanhar pela quantidade de informação, ela chega até nós em redes sociais, muitas vezes com uma certa dose de exagero, repetição e “call to action” - “você não pode ficar para trás!”.
_
Não pode mesmo ficar para trás. Toda marca vai precisar se adaptar à inteligência artificial.
O artigo “A IA já mudou o seu usuário” fala sobre como essa transição não é apenas sobre avanços tecnológicos.
Quando o jeito de fazer perguntas e encontrar respostas muda, o jeito de pensar muda.
Novos comportamentos demandam novas formas de interagir. Com mais abertura, flexibilidade e mais valor à individualidade.
Mas para acompanhar, é preciso entender. É preciso visualizar como acontece na prática: repertório, que vira referência, que pode virar estratégia.
E assim a gente tem a chance de tirar um assunto do excesso de hype e de um FOMO sem fim, e aproximá-lo do nosso dia a dia.
_
Basicamente, as marcas têm trazido a inteligência artificial para a prática de três formas: produtos, comunicação e processos.
Na primeira, ela mora no centro da proposta de valor. É sobre a agilidade de colocar na rua novos produtos ou modelos de negócios baseados em IA. Desde startups surgindo com essa tecnologia como base, até submarcas com “IA” no nome que esticam a atuação de uma marca para adaptá-la às oportunidades e necessidades atuais.
A segunda forma é colocar a inteligência artificial no centro do seu storytelling. É quando o conceito criativo de uma campanha aproxima as pessoas da tecnologia e da marca ao mesmo tempo.
Foi o que o Mercado Livre fez, em Buenos Aires, ao mapear as peças mais compradas por região e permitir que as pessoas conhecessem o “street style” real de cada rua.
Ou o que a Heinz fez, quando pediu para um gerador de imagens desenhar um vidro de catchup e mostrou que os resultados pareciam muito com a sua garrafa. Awareness de marca até com robôs.
E tem marcas usando IA para empoderamento e diversidade, como por exemplo a campanha #FreeYourSmile, da Colgate, que adapta o seu logo para se parecer com o sorriso de alguém.
Estes são exemplos do uso da inteligência artificial que conseguimos identificar. Eles são parte da comunicação e narrativa das marcas.
Mas a terceira forma de utilizar essa tecnologia é invisível. Ela mora no dia a dia e nos processos - em todo tipo de processo.
Ajudar em apresentações, escrever artigos, resumir textos, tirar dúvidas rápidas. E também otimizar a estratégia de anúncios, dar recomendações de investimentos, transformar livros em audiobooks e até dar consultoria de moda em um dos maiores grupos do Brasil.
Em todas as áreas, profissionais estão tentando equilibrar a conveniência, economia e impacto da IA, com o seu desenvolvimento contínuo e relevância.
_
E é por isso que essa conversa precisa ir além do hype.
Porque o excesso de informação e a pressão por “correr atrás” deixa muitas marcas sem saber por onde começar.
Pode parecer difícil, complexo, só para empresas grandes. E nisso, ficam na mesa potenciais ganhos de tempo, de eficiência e até de resultados.
Mas também não dá para se jogar em todas as novidades que aparecem, desconsiderando o seu negócio, as pessoas envolvidas (dentro e fora) e a consistência da marca.
Com algo tão complexo, o caminho está necessariamente entre a inspiração e as novidades, e a realidade e o contexto do dia a dia.
Ninguém quer ficar parado - ou pior, ficar para trás.
Mas andar para frente é também um passo de cada vez.
parceria paga com Meta
Essa é mais uma edição em parceria com a Meta, com o objetivo de aproximar as principais tendências de 2024 do dia a dia - e das vendas! - das marcas.
Já falamos de personalização e do CAPI, e inteligência artificial não podia ficar de fora.
É possível usar IA para otimizar processos e melhorar os resultados da sua marca, com ferramentas que já fazem parte do dia a dia.
Uma delas é a ASC, sigla para Campanhas de Compras Advantage+. Uma solução da Meta para automatizar diversas etapas da criação de uma campanha.
A gente foca nos criativos e na estratégia, enquanto a otimização e entrega são potencializadas por IA - chegando a 17% de melhoria no Custo por Aquisição (CPA), entre outros resultados.
Preparamos uma série de conteúdos que traz:
Mais contexto sobre o impacto da inteligência artificial no marketing, inclusive com insights direto do SXSW;
Todas as dúvidas sobre o ASC respondidas;
Materiais complementares para começar a usar a IA nas suas campanhas.
Assista aqui:
para inspirar
✨
Design, tipografia, livros e sustentabilidade no mesmo case. A editora HarperCollins está determinada em reduzir a pegada de carbono dos seus livros, e a quantidade de árvores necessárias por impressão.
Para isso, a solução foi o desenvolvimento de fontes “eco-friendly”: tipografias que garantem a leitura enquanto economizam espaço. Mudanças imperceptíveis para quem lê, que já economizaram mais de 200 milhões de páginas.
para fazer parte da conversa
💬
As marcas mais valiosas do Brasil
Saiu a última edição do tradicional ranking da Interbrand, que avalia marcas de origem brasileira, com informações financeiras públicas, e as organiza em um ranking com base no seu valor.
O top 5 permanece exatamente igual ao ano passado, dominado por instituições financeiras e cervejas, e estrearam no raking Stone, Raia e Arezzo.
Vale mencionar que a metodologia da Interbrand é baseada em desempenho financeiro, o papel de uma marca nas decisões de compra e força competitiva da marca.
Baixe o relatório completo;
Continue a conversa no Instagram ou no LinkedIn.
_
Ainda sobre o Rio Grande do Sul
Há pouco mais de um mês, a gente assistimos o maior desastre climático do Rio Grande do Sul (talvez do Brasil). Mesmo com o nível do rio baixando e a vida voltando a um inevitável “normal”, passado o momento de emergência duas palavras devem ganhar espaço nas conversas: reconstrução e responsabilidade.
A primeira, como parte da longa jornada que os gaúchos terão para voltar às suas casas e reorganizar suas vidas. A segunda, como alerta constante do nosso papel (pessoas e marcas) no mundo.
Algumas ações e leituras:
Da FastCompany, “não basta reconstruir, tem que redesenhar”
Iniciativas para ajudar profissionais e marcas: Reafirma e Contrate RS
Domingo é o último dia para contribuir com a iniciativa SOS RS Design - uma doação que vale um pacote de conteúdo de diversas agências.
Da Revista Trip, uma análise breve sobre a importância da informação:
para ler com calma
📄
A tal da dopamina [link]
Esse artigo da VOX desmistifica a palavra da vez em saúde e produtividade.
“A evolução da dopamina, de um humilde neurotransmissor a ícone cultural, diz mais sobre o nosso desejo coletivo de controlar nossos impulsos, do que sobre a química de fato”.
_
50 dias para as Olimpíadas [link]
A Plataforma Gente fez uma pesquisa para entender as expectativas e a relação dos brasileiros com os Jogos Olímpicos. Depois da TV, as redes sociais aparecem como canal onde as pessoas pretendem assistir - e a cerveja como principal acompanhamento.
_
Seu par é também seu fotógrafo? [link]
Um artigo que conecta o fenômeno dos “namorados de blogueira” e a última campanha da Apple, para questionar:
“A gente não faz isso o tempo todo? Esmaga os nossos momentos íntimos até virarem conteúdo? Esfarela nossas experiências da vida real até virarem grid do Instagram? Comprime as nossas vidas, experiências e memórias em algo para outras pessoas consumirem?”.
para quem a gente é fora do trabalho :)
👩🏻💻
Falando em inteligência artificial e nas suas aplicações, eis uma das melhores: as músicas sertanejas geradas por IA, com base em interações por Whatsapp.
O encontro perfeito entre novas tecnologias, experiência de marca, atendimento ao consumidor e energia caótica.
Vale a pena assistir todos, mas o do “hot wilsons” é especialmente bom:
para mais conteúdo
📚
Siga a Bits no Instagram [link]
Confira uma seleção de livros na nossa biblioteca [link]
Conheça a nossa sala de aula [link]
Contrate uma palestra ou workshop para o seu evento ou equipe [link]
Assine essa newsletter, caso não tenha recebido por e-mail :)
para dar um tchau
👋🏼
Branded content é um projeto tão interessante quanto desafiador. Primeiro, ele tem que ser interessante pra quem lê. Depois, caber na narrativa da Bits. Só então vem a marca parceira. Não porque ela é menos importante, mas justamente para que ela apareça com a maior relevância possível.
Essa é a fórmula que faz com que um conteúdo “publi” seja tão compartilhado quanto um “normal”. Pelo menos por aqui, onde a gente leva isso a sério, as marcas dão liberdade criativa e há tanto interesse e generosidade de vocês.
É com essa energia e muita expectativa, que fecho mais essa edição. Esperando que vocês gostem, e que venham muitas mais :)
- Bia