Bits to Brands #181 | Brasilidades - um estudo
Falar da gente mesmo é difícil, mas é impossível evitar.
Previously on..
#179 | TEDx Speaker
#180 | Cultura do Conforto
Tempo de leitura: 6 minutos
Neste momento, esse e-mail está em outras 19.999 caixas de entrada além da sua, numa das marcas mais incríveis da Bits até hoje. Mas o que materializa mesmo o impacto desse projeto é cada “oi” num evento e cada depoimento que chega por e-mail. É muita gente, sim, mas esse espaço nunca vai ser feito de números acima das palavras e pessoas que o compõem. Obrigada por estar aqui. ♡
- Beatriz
(para falar comigo ou anunciar na Bits, responda esse e-mail ou escreva para beatriz@bitstobrands.com)
Brasilidade, cultura e identidade nacional como um todo é um daqueles assuntos super difíceis de abordar.
A gente quer ser otimista e orgulhoso, mas não pode ser alienado.
A gente precisa celebrar, se orgulhar e torcer, mas e agora, será que dá pra sair de camisa verde e amarela?
A gente canta, dança, acompanha e se reconhece, mas por algum motivo ainda parece mais “inteligente” dizer que assistiu tal série da HBO do que o último capítulo de Pantanal.
Falar da gente mesmo é difícil, mas é impossível evitar.
Tipo nos dois fins de semana de Rock in Rio, em que performances nacionais tomaram os trending topics. Ou na contagem regressiva pra Copa e a expectativa, as camisas, as figurinhas. Ou com a estética “Brazil Core”, que levou discussões sobre identidade pro mundo da moda e das trends do TikTok.
E, claro, as eleições e todos os questionamentos que surgem a partir da escolha de um único representante para essa diversidade tão grande de crenças, culturas e opiniões.
Mas, como falamos na edição 169:
São tempos confusos e difíceis para ser brasileiro.
Apesar disso, um olhar otimista é capaz de enxergar empreendedores criativos, criadores de conteúdo cheios de originalidade e um jeito único de criar e consumir cultura, que vai da arte aos memes.
Esse olhar não é somente possível, como cada vez mais necessário.
Na edição de hoje, trazemos um olhar extremamente racional e prático. Tanto quanto números e pesquisas quantitativas conseguem ser, mas também muito humano.
A MindMiners, empresa de tecnologia especializada em pesquisa digital, buscou entender se existe uma identidade comum entre nós. Quem é o “brasileiro”? Como essa figura varia conforme a região ou o perfil?
Somos mais parecidos ou mais diferentes?
Em meio a todos os dados da pesquisa, sugiro reparar no que aparece quando as pessoas tentam expressar a nossa cultura em palavras, em imagens e em eventos.
1_ Palavras
“A brasilidade nada mais é do que a nossa identidade. Nosso idioma e suas variações regionais, nossos símbolos, costumes, heróis, histórias, leis e diversões criados por nós e para nós. Mas quem somos nós?”
Ao tentar colocar em palavras, “ser brasileiro” variou entre diferentes pontos de vista, idades e regiões, mas que têm em comum expressões de força, resiliência e felicidade:
“Passar perrengue, dar um jeitinho, ser resiliente, ser livre” (24 anos, Currais Novos - RN)
“Ser alegre, otimista e acreditar que as coisas vão melhorar” (45 anos, Londrina - PR)
“É uma honra mas também é uma luta” (18 anos, São José de Ribamar - MA)
“É seguir sempre em frente sabendo que tudo vai melhorar” (55 anos, Anastácio - MS)
2_ Imagens
Ao representar visualmente, é interessante observar os recortes regionais que trazem imagens como o Rio Amazonas como representação do Norte, a areia clara e o mar azul como representação do Nordeste e a arara-azul como o Centro-Oeste.
E uma imagem interessantíssima é a que se forma quando a pergunta é:
“Feche os olhos e imagine como é uma pessoa tipicamente brasileira. Como são os olhos, a cor da pele e o estilo de roupa dessa pessoa?”
Eis o resultado:
3_ Eventos
Quando o assunto é festejar, há uma certa unanimidade: SIM, por favor.
Mas os principais eventos variam por região, como mais um sinal de diversidade cultural. A região Norte destaca o Círio de Nazaré, enquanto a Sudeste privilegia o Carnaval, e o Nordeste, o São João (8 pontos acima da média):
A conclusão a partir desse recorte de perguntas, mas também na pesquisa como um todo e até no que a gente vivencia todos os dias (seja qual for o seu canto do país), é de que não há unanimidade na brasilidade.
A diversidade cultural não é algo que nos separa, mas algo que nos define e enriquece enquanto nação.
São muitos os fatores que nos diferenciam, mas trazer de volta a leveza da brasilidade passa por se permitir entender, surpreender e pertencer a toda essa diversidade.
Da comunicação à convivência; seja enquanto marcas, seja enquanto pessoas.
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Baixe o estudo completo clicando aqui no link
Os dados que você acabou de ver foram gerados pela MindMiners, por meio de sua plataforma de human analytics. Com ela, essa empresa de tecnologia e pesquisa ágil - e patrocinadora da edição de hoje - oferece diferentes formas de marcas obterem insights sobre o comportamento de seus consumidores.
Por meio da sua nova ferramenta, os Clusters, é possível segmentar e comparar diferentes perfis de consumidores. Nesse estudo, por exemplo, os respondentes foram agrupados por região do Brasil ou por faixa etária. São mais de 10.000 características disponíveis para recriar sua audiência e obter dados instantâneos, sem a necessidade de realizar uma pesquisa do zero.
É uma ferramenta que traduz, de forma ágil, fácil e assertiva dados de comportamento dos mais diversos perfis de consumidores. Para isso, oferece dashboards interativos que permitem o agrupamento e filtragem dos dados que importam para tomar uma decisão de negócio.
Saiba mais e agende uma demonstração no link:
⭐ Momento de Inspiração
Outra coisa sobre o Brasil é que a Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS) é a segunda língua oficial do país, algo que talvez muita gente não saiba - ainda. A Nestlé quer popularizar o idioma e pretende fazer isso através da Passatempo, que vai ter o alfabeto em libras ilustrado nos biscoitos (bolachas?).
Além disso, um site cheio de conteúdo e exercícios para imprimir, já que “a diversão é mais gostosa quando todo mundo pode fazer parte”.
Troca de abas
Quem torce também joga. Ainda no tema de hoje, um estudo e mini-documentário da APOEMA retrata como diferentes torcedores se relacionam com a Copa.
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Como construir uma comunidade de marca. Esse artigo da Concept Bureau traz seis passos fora do óbvio e muitos exemplos, entre eles “saber por que está reunindo as pessoas”, “abraçar o otimismo” e “deixar clara a sua vibe”.
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O encontro da TV aberta com o streaming no Brasil, em duas manchetes. Parece que, na disputa por novos assinantes, a próxima tática é se aproximar da cultura local:
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O DALL-E agora imagina o entorno. A partir do recorte de uma imagem e através de inteligência artificial, esse software vai preenchendo os espaços em volta até que se crie um cenário completo. Essa tecnologia é simplesmente fascinante, e já falamos dela nas edições #168 e #171.
👩🏻💻 Dica Pedido da Bia
Menos de um minuto do seu tempo
Vai até o final de setembro o período de votação do prêmio internacional Women that Build, da Globant.
Uma das categorias é Techfluencer, ou seja,“mulheres criativas, de tecnologia ou não, que promovem conteúdos sobre tech, design e inovação”.
E uma dessas ganhadoras pode ser eu.
Mas só se você tirar alguns segundos (sério, menos de um minuto) para votar aqui no link.
“Poxa Bia, mas eu cheguei há pouco tempo, não entendi porque você mereceria ganhar um prêmio”.
Às vezes eu também não entendo. Mas aí eu lembro que, maior do que qualquer dúvida ou impostora interior, é a trajetória da Bits to Brands e tudo que ela representa. Contei essa história aqui, e espero que te convença também:
obrigada por ler até o final, e não esqueça de compartilhar :)
👩🏻💻 curadoria e textos por Beatriz Guarezi. estrategista de marcas, curadora de conteúdo e escritora de e-mails.
📚 se você está em busca da próxima leitura, confira a Biblioteca Bits to Brands, com indicações de livros em desenvolvimento pessoal, ficção, marketing e tecnologia.
Bia, não achei botão pra votar. ou como votar.
Já deixei meu voto lá Bea ;) e valeu pela indicação do mini doc!