Bits to Brands #169 | Brasilidades
Uma pesquisa sobre autoestima nacional, e marcas legais que nos ajudam a resgatá-la
Previously on..
#167 | Instagram ou TikTok?
#168 | Imagens artificiais
Tempo de leitura: 4 minutos
A edição de hoje nasceu de uma pesquisa que estava guardada no Trello há alguns dias, e um Reels feito como teste criativo que, no fim, falavam da mesma coisa. Um assunto difícil, mas que nunca pode ser somente negativo. Tem esperança, originalidade e inspiração na brasilidade. E que assim seja sempre :)
- Beatriz
(para falar comigo, responda esse e-mail ou escreva para beatriz@bitstobrands.com)
[ Antes de falar qualquer coisa sobre marcas e comportamento, é importante destacar que a informação mais relevante a ser compartilhada sobre o nosso país hoje é que mais de 30 milhões de pessoas estão passando fome.
Te convido a esta reflexão e a contribuir como puder, onde puder. Eu recomendo o trabalho da Gerando Falcões e do Padre Júlio Lancelotti. ]
.
São tempos confusos, estranhos e difíceis para ser brasileiro.
Apesar disso, um olhar otimista é capaz de enxergar empreendedores criativos, criadores de conteúdo cheios de originalidade que dominam todas as plataformas por onde passam e um jeito único de criar e consumir cultura, que vai da arte aos memes.
Esse olhar não é somente possível, como cada vez mais necessário. Na edição de hoje, duas referências que podem ajudar:
Primeiro, um estudo recente do YouTube Vibes, que entrevistou mil brasileiros de todo país e identificou as três grandes “vibes” que mostram o que há de mais interessante, urgente e atual na recuperação da autoestima nacional. São elas:
Vibe 1: DNA do Corre
Vibe 2: Reapropriação Tropical
Vibe 3: Deboche-Resistência
Ao explorar cada um desses tópicos, o estudo fala de gambiarra e ralação, cultura e ancestralidade, diversidade e autenticidade, além de um humor bem brasileiro - que vai de memes da Nazaré à comediantes regionais.
Além de dados como “90% dos entrevistados acredita que o Brasil é um meme que nunca dorme”, o relatório como um todo destaca características, criadores e conversas das quais marcas brasileiras precisam participar.
E por falar em marcas brasileiras, a segunda referência de hoje é uma coletânea de marcas que têm feito um trabalho inspirador nas suas redes sociais, posicionamento, experiência de compra e produtos.
Para expandir seu repertório, inspirar diferentes segmentos e destacar cases nacionais para além de Havaianas e FARM.
São elas: Mica Chocolates, Dengo, Aff the Hype, Não Tenho Roupa, Live!, AMARO e Caju Benefícios.
Uma breve análise sobre cada uma está disponível em formato de Reels, como parte de um teste e, porque não, tentativa de acessar a criatividade brasileira por aqui também :)
Assista aqui no link, e comente qual marca brasileira te orgulha e inspira.
⭐ Momento de Inspiração
Nos 50 anos da Nike, um vídeo sobre o passado e o futuro do esporte, com a propriedade que só essa marca tem. A matéria da FastCompany Brasil traz mais contexto da campanha, inclusive com as aspas que dizem melhor do que essa newsletter poderia: “A Nike é uma dessas marcas globais que moldam nossa cultura enquanto é moldada por ela”.
Troca de abas
Afiliados de farmácia. A Pague Menos agora permite que você crie seu link e ganhe uma porcentagem cada vez que alguém comprar um produto recomendado. Uma ação perfeita para quem dá dicas de skincare ou suplementação, por exemplo, mas também potencialmente problemática. Estamos falando sobre no LinkedIn.
Um ícone atemporal. O TikTok e o Instagram têm trazido de volta o interesse por Tupperwares, enquanto o YouTube mostra a sua versatilidade e o Facebook e o Whatsapp fortalecem essa comunidade - movida por um mesmo interesse e uma regra clara: levou, tem que devolver.
As primeiras eleições presidenciais pós-TikTok. E já tem candidatos povoando a plataforma com seu conteúdo e hashtags. Por conta da segmentação por algoritmo, o mesmo pode passar “despercebido” para muita gente, enquanto engaja milhões de outras pessoas. É preciso estar atento.
TikTok e o marketing musical. Esse artigo é um belo complemento à discussão que comentamos aqui há duas edições - artista ou tiktoker? O autor sugere que o TikTok é a nova MTV e, como tal, demanda presença com originalidade.
Branding ou Performance. Uma falsa escolha, conforme explicado (e ilustrado) no último Marketoonist:
Vamos acabar com a falsa escolha entre estratégias de marca de curto ou de longo prazo, maximizar o efeito de tê-las trabalhando juntas e começar a encurtar a distância entre “branding” e “performance”. Ela limita a efetividade do marketing e o crescimento da marca, justamente quando mais precisamos deles.
👩🏻💻 Dica da Bia
Dois criadores e seu processo de curadoria
Estruturados, aleatórios e cheios de abas. O processo de curadoria da Bits to Brands e do Tira do Papel tem esses aspectos em comum, foi o que a gente descobriu num papo divertido e leve sobre newsletter na semana passada.
Eis aqui no link um trecho dessa conversa, onde em pouco mais de 5 minutos passamos por:
- ser "a pessoa das abas"
- ter um processo para chamar de seu
- saber onde guarda as coisas porque não dá pra confiar só na memória
- e um desenho do "antes e depois" do conteúdo que vai para uma newsletter.
obrigada por ler até o final, e não esqueça de compartilhar :)
👩🏻💻 curadoria e textos por Beatriz Guarezi. estrategista de marcas, curadora de conteúdo e escritora de e-mails.
📚 se você está em busca da próxima leitura, confira a Biblioteca Bits to Brands, com indicações de livros em desenvolvimento pessoal, ficção, marketing e tecnologia.