Bits to Brands #95 | ⏳ Dieta de redes sociais
Tempo de leitura: 6 minutos
Estamos de férias. O que significa que você vai receber e-mails toda semana, mas ao melhor estilo "reprise", visitaremos edições clássicas dos últimos anos de newsletter. Sempre que tiver uma ampulheta no assunto do e-mail, voltaremos no tempo por aqui.
Para quem nunca leu, espero que aproveitem pela primeira vez os textos escolhidos. Para quem já estava por aqui, espero que gostem de revisitar essas ideias. Logo logo, voltamos com conteúdo original.
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Esse texto foi publicado na , em fevereiro de 2019.
Se então essa reflexão já era necessária, hoje em dia ela se tornou inescapável. Com a quarentena, diminuir o tempo em frente às telas se tornou uma batalha praticamente perdida. [Esse artigo do NYT explica os motivos]
Mas não é por que não conseguimos fazer um detox completo, que uma dieta não pode fazer diferença. Esse texto contém práticas que são parte da minha vida há mais de um ano, e vieram muito bem a calhar nos últimos meses.
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É preciso ter cuidado com discursos de "saia do Facebook e vá ler um livro", "aumente o seu tempo produtivo saindo das redes sociais".. Porque é difícil. E não só para você.
Nesse mundo em que estamos carecas de saber que os aplicativos que sugam todo o nosso tempo são FEITOS PARA ISSO, não é justo culpar ninguém por se deixar levar pelas redes sociais.
Tem times de produto, design, negócios, desenvolvimento, os best and brightest do mundo inteiro, fazendo estratégias, testes A/B, focus groups (fazendo de um tudo!) para garantir que tenhamos os gatilhos e recompensas EXATOS para passar o máximo do tempo num scrolling sem fim.
Dito isso, se conformar também não é a solução. Especialmente quando é tão importante quebrar esses ciclos de vício e voltar a atenção para hábitos mais saudáveis (física e mentalmente).
Então, com calma e sem culpa, é importante controlarmos o que somos capazes nesse processo: tempo e conteúdo.
Na edição de hoje, quero dividir alguns insights que tive sobre isso recentemente e hábitos que tem funcionado.
Quanto ao tempo:
- Perceber os momentos que cada rede social ocupa
Vi que usava muito o Facebook pelo celular, em deslocamentos de carro ou ônibus. Apaguei o aplicativo há mais de um ano, e desde então sinto zero falta do conteúdo que consumia por lá. Usar o tempo para ler livros é um ótimo benefício!
- Evitar pegar o celular na mão
Pegar o celular para pagar um boleto, e aí se passaram 20 minutos e você está numa foto de 2014 de uma pessoa aleatória: quem nunca? Só o ato de pegar o celular desencadeia uma série de comportamentos automáticos. Então, para que ele me atraia menos, desativei as notificações de todas as redes sociais, e da maioria dos aplicativos.
Quanto ao conteúdo:
- Você tem zero obrigação de seguir alguém
Parece óbvio, né? Mas não é nem um pouco. Li semana passada em um artigo que "o Facebook é o lugar onde as amizades vão para nunca morrer". Virou normal manter conexões com pessoas com quem não temos mais qualquer relação, contato ou interesse em comum. E para que, senão para ter milhares de stories e publicações irrelevantes ocupando o tempo? Tá tudo bem dar unfollow. Tá tudo bem receber um unfollow. Qualidade é melhor que quantidade, tanto no conteúdo, quanto nas amizades.
- Cada rede social tem um papel
E é você que determina como vai usar cada uma. Ter essa divisão clara ajuda a não ter conteúdo repetitivo e irrelevante em todos os lugares. Por aqui, o Twitter é para notícias, memes e distração. O Instagram para pessoas com quem eu quero manter contato e conteúdo visual que me coloque para cima. E o Facebook é para interagir em grupos (e olhe lá).
- Um follow vale muito
Veja quantas lojas você segue, e se isso não te leva a consumir mais. Quantas páginas de fofocas você segue, e se elas não te levam a viver a vida dos outros. Quantas pessoas com realidades muito distantes das suas, e se isso não te causa ansiedade. 'Follow' é algo valioso demais para distribuir sem critério. É preciso ter cuidado com o que estamos deixando entrar nas nossas vidas, tantas horas por dia, o tempo todo.
Não quero parecer hipócrita, porque redes sociais são parte do meu trabalho e do meu dia a dia, e não vejo (pelo menos hoje) como ser diferente. Mas o pouco de controle que resolvi exercer sobre elas tem feito muita diferença.
Inclusive, ando observando com atenção temas como doom scrolling e nutrição digital. Quando voltarmos, aguardem um aprofundamento dessa discussão por aqui.
Até lá, minha sugestão é tirar um tempo para fazer a Marie Kondo nas suas redes sociais. Se não traz alegria (ou informação, ou conteúdo, ou entretenimento), não deveria estar ali.
E o contrário mais ainda - se te desperta culpa, comparação ou impulso, manda embora.
Fiz e recomendo.
- Beatriz
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- Em formato de podcast:
1. Um debate com o pessoal do Brotherscast sobre as streaming wars - da época em que a Apple TV+ estava chegando, e a Disney+ era só um plano. É interessante perceber como várias questões que conversamos se desenrolaram até agora. Ouça aqui.
2. Novamente com o Brotherscast e dessa vez com o incrível Startup da Real, batemos um papo sobre newsletters. A do Star é paga, a minha é gratuita. Exploramos os diferentes modelos de negócios, processos criativos e o valor que essa plataforma tem criado para nós. Ouça aqui.
3. No Cultural Cast, falamos sobre Workism (ou "trabalhismo"), "a crença de que o trabalho não é apenas necessário para a economia, mas algo que se torna, cada vez mais, peça central da nossa identidade". Falei abertamente sobre a minha relação com o trabalho, a divisão de tempo entre o emprego e o projeto e aprendizados que a experiência (e muita terapia) trouxe. Ouça aqui.
- Em formato de palestra
Minha palestra no RD Summit 2019 sobre newsletter - seus diferenciais e dicas de como construir sua estratégia nesse formato - está disponível gratuitamente! É só se inscrever nesse link.
- Em formato de aula
1. Uma aula de 10 minutos sobre estratégia de produção de conteúdo por e-mail. Dicas práticas mesmo, para a comunidade da Moving Girls mas que podem ser úteis por aí também. Assista aqui.
2. Uma aula de 20 minutos a convite da Octadesk, sobre marcas na pandemia - estratégias e exemplos para inspirar novas ações. Assista aqui.
- Em formato de e-book
1. Glossário da Quarentena. 18 palavras que se tornaram parte do nosso dia a dia, e dizem muito sobre o mundo em que passamos a viver. Baixe .
2. Relatório de Tendências 2020. 6 grandes tendências mapeadas em fevereiro, que permanecem relevantes mesmo durante o tal ""novo normal"". Inclusive, todas elas têm tomado forma, seja na Mara (assistente virtual da AMARO) ou na briga entre XP e Itaú pela atenção dos investidores. Confira .
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