Bits to Brands #73 | Cadê a bicicleta que estava aqui?
Esta semana tive pouco tempo para elaborar longamente um tema, porque as energias estão voltadas para a nossa curadoria de tendências 2020.
[ Sim, ela vem! Um pouquinho depois das outras, justamente porque bebe muito delas. Já filtrei mais de 15 dos principais reports de tendências de comunicação e tecnologia, para que você só precise ler um. ME AGUARDE! ]
Anyway, essa quase foi uma edição pocket. Não fosse pela manchete da semana: "Yellow e Grin encerram aluguel de patinete em 14 cidades e retiram bicicletas".
Nós estávamos aqui para comentar a chegada dessa marca e modelo de mobilidade no Brasil. Como deixar passar a sua (aparente) derrocada? De jeito nenhum.
Mas hoje, ao invés de chegar na sua caixa de entrada com o quebra-cabeças montado, vou te deixar com todas as peças que reuni sobre esse assunto, na esperança de que mesmo separadas elas formem uma imagem clara.
1. Nosso artigo sobre o que era a Yellow à época do seu lançamento, que aliás já destacava:
"Desafios não vão faltar, e a sua estreia já mostrou isso. o individualismo e o vandalismo foram constantes nos últimos dias. Coordenar a oferta e a demanda de bicicletas, quando o sistema é 100% dependente dos usuários, será bastante complexo. A rentabilidade também é uma incógnita, pois o preço baixo exige uma rotatividade alta de cada bicicleta.".
2. A análise do Nexo sobre "por que aplicativos de patinete estão fechando no Brasil", que vai de rentabilidade e modelo de negócios à elitização desse meio de transporte que dificulta a sua popularização.
3. A foto recente do cemitério de bicicletas em Curitiba, que traz à tona uma questão essencial desse modelo: para onde vão esses patinetes? São vendidos? Reaproveitados? Descartados? Como compensar a utilização de todos esses recursos para colocar veículos na rua que circularam menos de um ano?
4. Da Veja, aparentemente a Grow estava para receber um investimento de USD 150 milhões do Softbank, que não aconteceu por causa de uma "disputa entre os sócios". Mas a Softbank tem andado mais conservadora desde o escândalo do WeWork, e empresas que receberam aporte estão apertando os cintos nos últimos tempos.
Seja qual for a ordem que você junte as peças, o resultado é o sumiço das bicicletas que deram o que falar durante um ano e meio. Por quanto tempo, não se sabe.
A mobilidade urbana perde, mas quem sabe não é interessante esse movimento de desaceleração de crescimento em troca de mais viabilidade.
Até porque, ao invadir as cidades e mexer com o trânsito, a rotina e a vida das pessoas, a última coisa que precisamos é de mais um "move fast and break things". Quase que literalmente.
Na torcida pela volta das amarelinhas,
- Beatriz
PS: Queria compartilhar que a edição passada, #72, bateu recorde de interações. Foi a mais respondida da história da Bits. Muita gente se identificando e muitos relatos de viagens compartilhados. Li um por um, e assim que possível vou responder todos. Publicar edições em parceria é sempre um desafio, de equilibrar a qualidade e relevância do conteúdo com a presença de uma outra marca. O retorno de vocês me mostra que temos conseguido fazer isso por aqui, o que me deixa muito feliz. Obrigada.
~ sem mais delongas ~
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Guarde esse nome: Clearview AI
Essa empresa até pouco tempo desconhecida tem uma base de dados de BILHÕES de pessoas, construída somente a partir de (dizem deles) imagens disponibilizadas publicamente na internet - via Facebook, Youtube e perfis em aplicativos. Eles já ajudaram a identificar criminosos com imagens de câmera de segurança, que uma vez na plataforma dão "match" com aquele rosto em outros lugares que ele já apareceu na internet. Aparentemente, encontrar uma pessoa por rosto é tão fácil quanto jogar o nome dela no Google.
"Óquei, Google"
Um compilado de campanhas do Google Assistente, made in Brasil, para educar os brasileiros das utilidades do produto. O posicionamento é "simplifique a sua vida", e eu acho muito interessante acompanhar como essa nova tecnologia vem tentando ganhar o cotidiano as pessoas.
Marketing versus Branding
Eis a questão. Que esse artigo (maravilhoso) vem com dados e definições para tentar responder. Está em inglês, mas espero que todos consigam ler. Frases como "não é sobre o que é mais importante. é sobre o que vem primeiro. branding, definir a sua marca, vem primeiro, mas marketing é a construção contínua dessa marca" deviam estar escritas na parede das empresas.
Assim fica fácil, Netflix
"76 milhões de lares assistiram a The Witcher, o que a faz dela a melhor primeira temporada da história da Netflix", eles disseram. Mas aí, nas letras miúdas, um dia "assistir" significou "assistir 70% de um episódio", e agora mudou para "assistir pelo menos 2 minutos". Dois minutos passam a contar para o sucesso da primeira temporada inteira. Não consegui ler isso sozinha.
para conferir todos os livros que já recomendamos, clique aqui
Janeiro, a gente escreve um monte de resoluções, aí as semanas vão passando e EITA, como que tira do papel?
Estou buscando ferramentas para tornar minhas grandes resoluções hábitos, e acompanhá-las todos os dias. (capricórnio com ascendente em virgem)
Nesse processo, lembrei do Poder do Hábito. Relendo algumas páginas essa semana, achei tão útil quanto há anos atrás, quando li pela primeira vez.
Leitura rápida e menos auto ajuda do que parece. Boa para início de ano e colocar mudanças em prática.
se você tem um projeto de conteúdo e quer vê-lo por aqui, é só mandar um e-mail :)
A dica de hoje é de CURSO EM SÃO PAULO, realizado pelos especialistas em Instagram e assinantes de longa data da Bits, a Agência Gorilla.
Nesse curso de dia inteiro, eles vão ensinar leigos (eu, inclusive!) a usar a plataforma a seu favor - seja como influenciador, marca ou profissional.
Segundo eles mesmos, o curso é "pra que você entenda como transformar seguidores em comunidade, aumentar envolvimento, gerar valor de marca, entender engajamento e até desmitificar o famigerado algoritmo".
E já que aqui o senso é de comunidade, assinante da Bits tem 15% de desconto usando o cupom "bitstogorilla". Inscreva-se aqui, e me avisa se a gente for se ver lá. :)
Esse case é para você que gosta de marketing, de newsletters, da Morning Brew ou de jeitos muito inteligentes e visuais de criar conteúdo na internet.
É certamente uma das coisas mais legais que eu já vi em termos de análise e construção visual de informação.
O tema, bom, sobre esse sou suspeita pra falar. Um dia a Bits chega lá :)
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