Bits to Brands #20 | As três melhores marcas do mundo
As três maiores empresas de tecnologia são também as três melhores marcas do mundo
Há vinte (vinte!!) edições a gente fala sobre isso. Que grandes empresas de tecnologia são também referência em construção de marca, e que não dá para pensar em um universo, sem considerar o outro.
Para provar que evidências não faltam, a Interbrand lançou a edição 2018 do seu report Best Global Brands. E as top 3? Apple, Google e Amazon.
Apple, a marca mais luxo, objeto de desejo. Google, a marca do dia a dia, das funcionalidades que mudaram as nossas vidas de diversas formas. Amazon, a marca de tudo. De livros, compras e até inteligência artificial.
Mas o report da Interbrand traz novas reflexões, para além do que já sabemos. Ela destaca o que as marcas nesse ranking tem em comum: o fato de que estão acting brave, ou seja, usando da sua habilidade de tomar atitudes fortes no curto-prazo, em busca de uma visão de longo prazo clara e alinhada. Elas entendem o seu consumidor intuitivamente, e "make brave, iconic moves that delight and deliver in new ways".
O ponto aqui é que o longo prazo não impede mais as grandes marcas de se posicionarem ativa e imediatamente. Pelo contrário. É justamente a construção de valor, e o entendimento profundo de quem se é e para onde se está indo, que permite que elas inovem e surpreendam no curto prazo, o tempo todo. Causando grande impacto no "hoje", ao mesmo tempo em que se constrói um "amanhã" sólido.
Alexa. Waze Carpool. Apple Watch Series 4. Android P. A Amazon aumentou os salários de todos os seus funcionários. O Google parou de fornecer tecnologia para o Pentágono. Os posicionamentos "hoje" dessas marcas vem em formato de produto, de campanha ou de decisão estratégica. Mas seja qual for a sua forma, todos eles vem refletindo e ao mesmo tempo surpreendendo seus consumidores.
Elas também vem atuando como grandes expoentes do que o branding tem se tornado. Uma mudança de simplesmente criar diferenciação funcional e emocional, para mudar a forma com que um negócio se apresenta ao mercado; de apenas comunicar a experiência do consumidor para de fato, construí-la.
Exciting times :)
Logo mais sai o ranking por país, e vamos explorar se ele reflete o quanto as nossas marcas de tecnologia tem causado impacto por aqui.
- Beatriz
~ VINTE EDIÇÕES! ~
Mais um marco! Muito obrigada a você que está com a gente desde as primeiras, proporcionando tanta troca e evolução <3
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Os melhores links da semana
O plano de sobrevivência do Snapchat
Vazou um comunicado de Evan Spiegel, sobre o seu plano para manter o Snapchat lucrativo (vivo?) em 2019. Adultos, mensagens e países em desenvolvimento são algumas das estratégias-chave para resgatar a empresa, cujas ações bateram recorde de queda - valendo uns 8 dólares. Teremos um case de volta por cima em breve? Aliás, alguém que vocês conhecem ainda está no Snapchat?
Alexa for accessibility
Gosto muito de análises que me fazem pensar além da minha bolha. Essa, sobre o impacto da Alexa e tecnologias similares no dia a dia de pessoas com deficiência é particularmente interessante. A gente nem imagina a diferença que um gadget pode fazer na vida das pessoas.
E falando em Alexa..
Agora o Facebook entrou nessa briga. Já é possível encomendar o Portal, o home assistant do Facebook. Que de Facebook, na verdade, tem os seus contatos do Messenger e as chamadas por vídeo, porque o resto das funcionalidades são em parceria com Alexa. Assino embaixo da crítica do Mashable, que questionou a sanidade de quem coloca uma câmera do Facebook dentro da sua casa, depois de todos os escândalos de privacidade que observamos esse ano. Será que ainda resta confiança na marca pra esse produto decolar?
Pense como um estrategista
Sobre identificar verdades em constante evolução - ao invés de se basear no que é verdadeiro hoje, pensar no que será verdade amanhã. Além disso, é importante observar cases de sucesso e consumir conteúdo de diferentes fontes e pontos de vista. O tipo de artigo rápido, útil e inspirador que todo mundo evolui após ler :)
Inteligências artificiais - e enviesadas
Que grande parte dos sistemas de inteligência artificial tem algum tipo de viés, a gente já sabia. Isso porque eles aprendem analisando dados históricos e padrões de comportamento que, em sua maioria, vem da gente. Seres humanos e completamente enviesados. O exemplo mais recente disso é a IA de recrutamento da Amazon, que descartava currículos de mulheres. Pra ler e refletir (muito).
O brasileiro e os vídeos
Google + Instituto Provokers + Box 1824, e um relatório super completo sobre o consumo de vídeos no Brasil.
Plataformas, tipos de conteúdo, motivações racionais e emocionais.. Tudo com aquele jeito ThinkWithGoogle de conectar os pontos, e construir infográficos.
O consumo de vídeo cresceu muito por aqui nos últimos anos, o que tem modificado a relação das pessoas com as plataformas, com a informação e, claro, com as marcas.
Um dos must-read de 2018.