Bits to Brands #16 | Apple Watch é o novo iPhone
Apple Watch é o novo iPhone
Três novos modelos de iPhone 📱📱📱 e a nova versão do Apple Watch ⌚ foram anunciados na última quarta-feira.
Além da aula de storytelling e marketing de produto de sempre, essa edição disse muito sobre o rumo da Apple, e trouxe de volta (pelo menos para mim) a empolgação de estar presenciando algo grandioso. Tudo isso graças ao Apple Watch.
Ao melhor estilo Steve Jobs (quem lembra do clássico 'iPod, phone, internet'???), a apresentação do Watch 4 começou com três pilares: conectividade, fitness e saúde. E seguiu mostrando como eles se conectam e se potencializam, em um produto surpreendente.
Depois dessa apresentação o Watch foi oficializado como parte relógio, parte fitness-tracker, parte iPhone e parte "FDA-approved medical device". Agora que ele consegue fazer eletrocardiogramas, monitorar quedas e batimentos cardíacos e ligar para a emergência, as definições de "relógio" precisam ser atualizadas.
E é exatamente por causa dessa redefinição, da quebra não só dos padrões do mercado, mas também do que se esperava da Apple, e do quão surpreendente tudo isso foi de assistir, que eu acredito que o Apple Watch seja o atual berço de inovação da empresa.
Inovação que se um dia era sobre smartphones, hoje é sobre saúde. Em forma de wearables feitos para monitorar nossos passos, sono, emoções, e agora até movimentos e batimentos cardíacos. O preço que se paga pela segurança, e a sensação de estar vivendo no futuro? Dados, claro. Mas o fato disso tudo vir em forma de um relógio maravilhoso ajuda bastante.
Enquanto isso, o iPhone cumpre o seu papel de carro-chefe, se tornando cada vez mais um produto de luxo, do que uma combinação de hardware e software. E apesar da dificuldade de pronunciar ou ordenar os novos modelos de smartphone (sem falar em pagar), eles não ficarão para trás quando o assunto é sucesso de vendas.
Mas, para mim, o produto que tem a capacidade de seguir surpreendendo, moldar comportamentos e mudar vários mercados nos próximos anos, provou ser o Apple Watch.
clique na imagem para ver a apresentação completa do Apple Watch Series 4
E você, acha que o iPhone nunca perderá o trono, ou que o espírito de inovação da Apple pode ter ganho um novo símbolo? Para concordar, discordar ou comentar, é só ir ali no "responder" :)
- Beatriz
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A nova marca da Uber
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Além do design, o que é interessante observar sobre esse processo é o quanto cada um desses logos ilustra as diferentes fases da empresa como um todo.
No início, o preto e prata, com o "U" como símbolo de um produto quase premium, um motorista particular em carros pretos, para oferecer um serviço diferenciado a um preço capaz de competir com os táxis. Depois, com menos luxo e presença no mundo inteiro, vem um símbolo que evidencia as conexões e caminhos, mas ainda bem mais tecnológico do que humano.
Dois anos depois do último rebranding, e dois anos muito movimentados para a empresa, ela busca transmitir "segurança e acessibilidade", e deixar para trás de vez seus tempos de masculinidade e agressividade.
A nova marca é mais leve, e tudo sobre ela é feito para evidenciar pessoas, lugares e histórias. O trabalho de branding é incrível e com certeza vai morar em várias apresentações por aí a partir de agora. Resta saber se a Uber vai realmente conseguir viver na prática a humanidade e os valores dessa marca.