Bits to Brands #14 | Kindle: ter ou não ter?
Kindle: ter ou não ter?
Na semana passada, as novidades bombásticas no mundo da tecnologia deram uma trégua. Aproveitando a calmaria, gostaria hoje de abordar um outro tipo de assunto: produtos que amamos.
E não qualquer produto. Um produto que já tem mais de dez anos de constante atualização, que mudou a dinâmica do mercado e que inspira novos comportamentos. Quase impossível não amar.
Esse é o Kindle, o e-reader da Amazon. Apesar de já estar por aí há tempos, o Kindle ainda inspira muitas dúvidas nas pessoas - desde "como funciona?" até "será que vale a pena?".
Me rendi ao meu há um ano, e ele se tornou um daqueles produtos tão especiais que é quase uma extensão da minha personalidade (das coisas que só um bom branding proporciona). Eu gosto de tecnologia, gosto de ler, gosto de me sentir no futuro. Encontrei no Kindle uma marca que resume tudo isso e que tem tudo a ver comigo.
Já que ela pode ter a ver com você também, mas ainda fica aquela dúvida, segue um pouco da minha experiência, para tentar sanar as principais dúvidas que as pessoas têm sobre ele:
- Economiza horrores na compra de livros?
Sim e não. Sim, porque na hora de ler livros em inglês, a versão para Kindle é geralmente mais barata do que os livros em capa dura que vêm para as livrarias daqui ou do que pagar o frete de um livro que vem de fora. A Amazon faz também diversas promoções de e-books, e em uma das últimas eu cheguei a pagar por volta de 100 reais em 6 livros.
Sim também, porque no Kindle é possível baixar amostras gratuitas do livro e ler algumas páginas (ou até capítulos!) antes de comprar. Assim, a gente evita aquela coisa de se deixar levar pela capa e gastar em um livro que não era o que parecia.
Mas não, porque algumas pessoas acham que o custo principal do livro é a impressão e transporte, o que não é o caso. Você paga pelo conteúdo. Por isso, os preços no Kindle podem ter pouquíssima diferença em relação ao livro físico em muitos casos.
- Mas e o cheiro de livro novo?
Desde que me conheço por gente, carrego um livro embaixo do braço para todo lugar. Mas aí vem a vida adulta, os trajetos em transporte público, as bolsas pequenas... E não é mais tão fácil levar livros por aí. Nesse ponto, o Kindle contribuiu (e muito!) para o meu hábito de leitura: ele cabe em qualquer bolsa.
Então, em todo deslocamento ou momento ocioso, eu tenho acesso ao livro que estou lendo, ou ao próximo que eu quero começar (ter todos os seus livros disponíveis em qualquer lugar é o sonho da Beatriz de 10 anos se realizando).
- Qual o melhor modelo para mim?
São basicamente três modelos: o Kindle, o Kindle Paperwhite e o Oasis. Você pode conferir as especificações de cada um no site da Amazon. Mas, em resumo, o Paperwhite tem iluminação na tela, o que o Kindle não tem. E o Oasis é a versão mais recente, que é maior, mais chique e à prova d'água.
Todos eles tem Wi-fi, para sincronizar com os livros comprados pelo site, ou comprar diretamente no dispositivo. Na minha opinião, o melhor custo-benefício é o Paperwhite, porque me permite largar o celular antes de dormir e ler algumas páginas já no escuro. Mas se você só vai usá-lo durante o dia, o Kindle está de bom tamanho.
- Vale a pena pagar?
Sim e não. Sim porque se ler faz parte da sua rotina, ou você gostaria que fizesse, é muito bom ter um Kindle. O conteúdo do livro é exatamente o mesmo, mas algumas features como a disponibilidade de toda a minha biblioteca em um tablet leve, a iluminação para ler à noite e a gamificação ao mostrar a porcentagem no livro que você está me fizeram ler muito mais!
[Para quem gosta de dados, desde que eu comprei meu Kindle eu li 14 livros e estou na metade do 15º. No ano anterior, esse número não deve ter passado de 5.]
O "não" aqui é porque não vale a pena pagar o preço cheio. A Amazon faz promoções com frequência - tem Amazon Day, Kindle Day, Black Week, Black Friday... E os dispositivos sempre ganham descontos de 50 a 100 reais. Vale deixar um alerta e comprar na próxima promo.
Na dúvida, desativem suas notificações das redes sociais e leiam um livro. O formato é o de menos. Mas se comprar um Kindle depois deste post, me avisa que a gente troca
dicas de e-books :)
- Beatriz
PS: Não ganhei nada pra recomendar o Kindle. Uso de verdade, gosto de verdade, e acho que é um tema que tem a ver com o nosso conteúdo por aqui.
~ Faltam só SEIS assinantes para chegarmos aos 500! ~
Tenho certeza que um dos seus amigos, colegas de trabalho ou seguidores nas redes sociais pode ser o 500º. É só compartilhar a news com eles por aqui:
Os melhores links da semana
Falando em livros..
Uma lista de lançamentos, recomendados por Adam Grant. Os temas vão de inteligência artificial e crescimento exponencial até a biografia da Michelle Obama. Já separei várias amostras no Kindle :)
9 coaches que passaram dos limites
E do jeito que andam os conselhos de/para empreendedores ultimamente, selecionar só nove não deve ter sido fácil... @startupdareal que o diga!
O acessório mais odiado da Apple é, ao mesmo tempo, o mais vendido
Não vou entregar qual é, porque esse artigo da Fast Company vale a pena. Mas adianto que é consequência de uma decisão de design muito inovadora, mas não exatamente centrada no usuário..
O Google vai começar a ler toda a internet em voz alta
Para fazer com que ela se torne mais acessível para usuários na Índia, como parte da sua estratégia de adquirir os "Next Billion Users". Se você ainda não ouviu falar disso, tem muitas ações interessantes acontecendo em vários países pelo mundo. Com o perdão da ironia, joga no Google.
É pra isso que o Twitter foi criado
Política internacional? Threads sobre assuntos aleatórios? Reclamar da vida? Nada disso. Há alguns meses, esse cara encontrou uma gata grávida embaixo da sua cama e tem usado o Twitter para mostrar a evolução dos filhotes - e a sua evolução pessoal graças a eles. É daqueles links de abrir e ficar feliz instantaneamente. E a internet sem dúvidas precisa mais disso.
O que queremos das fintechs
Recomendo muito esse artigo do Diego Eis sobre as expectativas em relação a bancos digitais e fintechs.
Um dia, oferecer taxa zero, transparência e simplicidade na experiência já foram grandes diferenciais, capazes de sacudir o mercado financeiro "tradicional". Mas agora, depois da sacudida, o que temos é um cenário de muitos bancos digitais que estão cada vez mais similares em suas ofertas.
Enquanto isso, há aspectos da nossa vida financeira que ainda não encontraram solução, seja ela roxa, azul ou verde: o controle e a educação financeira.
"O próximo passo seria ajudar as pessoas a se educarem e a tratarem o dinheiro com mais respeito e atenção. (...) Os bancos digitais deveriam ajudar as pessoas a serem mais donas do seu dinheiro, disponibilizando informação e meios para as pessoas conhecerem seus hábitos financeiros."
Essa lógica de inovação versus necessidade real das pessoas se aplica a muitos outros segmentos, mas o exemplo das fintechs nesse artigo ajuda a ilustrar bem. Recomendo!
*música do Plantão da Globo*
Enquanto essa newsletter estava no fechamento dos seus últimos detalhes (desculpem o atraso), a Amazon atingiu a marca de 1 trilhão de dólares de valuation.
Quem lembra que na edição #10 falamos do trilhão da Apple, e na edição #11 avisamos que a Amazon estava quase lá?
Bom pro Jeff Bezos - e bom pra nós, que pudemos levantar a placa de "eu já sabia" na firma hoje :)