Bits to Brands #7 | Elon Musk: o criador, as criaturas e as marcas
Elon Musk: o criador, as criaturas e as marcas
Assim como na maioria das publicações de tecnologia, Elon Musk é o assunto da semana por aqui.
Só que o invés de especular se ele é genial ou startupeiro, (isso é assunto para mesa de bar), resolvi explorar algo que é bem menos controverso: o fato de que Musk é, hoje, uma das maiores marcas do mundo.
No universo do branding, fala-se muito sobre marcas serem pessoas. Atribuem-se aspectos de personalidade, arquétipos, emoções, tom de voz.. o máximo de humanidade possível.
Mas desde sempre, e com cada vez mais intensidade, pessoas também são marcas. Nomes e sobrenomes trazem consigo públicos, propostas de valor, storytelling, expectativas, imagem e etiqueta de preço.
No caso de Elon Musk, o nome vem sido acompanhado de uma série de imagens, uma mais impressionante que a outra. Foguetes. Carros que dirigem sozinhos. Baterias de energia solar. Turismo em Marte. Dinheiro, muito dinheiro. Iron Man. Um gênio, um visionário.
E como a gente também fala muito no branding, marcas são promessas. A grande questão sobre a marca Elon Musk é se a prática é capaz de cumprir todas as promessas do imaginário.
A situação que trouxe isso à tona foi a sua tentativa de ajudar no resgate dos meninos presos na gruta, na Tailândia. Que resultou em um mini-submarino que não foi utilizado, e um piti no Twitter.
Enquanto os seus feitos e invenções são notáveis e quanto a isso não há discussão, a reflexão que eu quero trazer é sobre o impacto da marca do criador sobre as suas criaturas.
Steve Jobs, por exemplo. A sua genialidade foi incorporada à Apple de tal forma, que mesmo após a sua morte, a força da marca é capaz de manter o valor dos produtos de um jeito sem precedentes.
No caso de Musk, ainda restam dúvidas sobre o impacto que a sua imagem tem sobre os seus projetos - especialmente Tesla e SpaceX. Será que ele impulsiona o seu sucesso, ou o egocentrismo que é impulsionado pelas suas marcas?
Acreditamos no potencial da SpaceX por causa do Musk; ou acreditamos nas promessas do Musk por causa da SpaceX?
"Brands suck", diz ele. E talvez o que esteja faltando seja uma estratégia de marca mais clara, para potencializar o criador, e também as suas criaturas. ¯\_(ツ)_/¯
- Beatriz
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“Quem é do mundo de tecnologia costuma dar pouca atenção à questão de marca. É um erro. O empreendedor do setor precisa dar atenção para as duas coisas, do mesmo jeito”. Quote que podia ter saído dessa news, mas veio do CEO da RD. #respect
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"O impacto causado pela troca e descarte de eletrônicos faz a gente repensar (ou deveria fazer) no nosso consumo de tecnologia e sobre como devemos cobrar de empresas que vivem disso um posicionamento mais sustentável em todos os aspectos. Vale aqui, nós termos senso crítico para entender quais empresas realmente estão dispostas a repensar e criar para um mundo melhor e quais estão apenas surfando essa onda de consumo consciente."
- Jaqueline Tampelli, publicitária [@jaquetampelli]
"Sobre as marcas "empoderadoras", "causadora de transformações", "catalisadora de negócios" mas que ninguém entende o que realmente fazem. Acho que a tal "era da experiência" deixou essa mancha nos posicionamentos - tudo é muito experiencial mas, muitas vezes, pouco compreensível. A sequencial "era do data driven" também tá deixando sua mancha - a galerinha high-stakes, growth-driven-thinking, growth-centered-design e seila o que mais. O que falta a essas marcas, de modo geral, é entender que posicionamento é coisa séria! É um trabalho pra profissionais da área de branding e estratégia, não é o nick do seu MSN que muda junto com as suas músicas."
- Joana Mitidiero, especialista em branding [LinkedIn]
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